68ª Obra em forma de rima - volume IV
Em primeiro de janeiro
Dois mil e treze era o ano
Vi selado o desespero
De um povo burro e insano
Um Boi pregava alegria
A macacada sorria
Bugios até davam salto
Eita festa animada
Pela farra instalada
Boiada mugia alto.
Boiada com indecência
Faltando civilidade
Mostraram total demência
E irracionalidade.
A falta de educação
Naquela ocasião
Deu grande constrangimento
E revelava o perfil
Desse Boi e seu covil
Com este comportamento.
A solenidade em questão
Deveria ser respeitada
Momento de transição
De uma gestão bem honrada
Mas a Boiada gritava
Com desrespeito vaiava
Provando a insanidade
E um Boi cheio de graça
Ouviu diante da praça
A profética verdade.
"Esses que hoje vaiam
Não te deixou governar
É melhor que eles saiam
Pra você não fracassar
Mantenha certa distância
Jogue fora a ganância
Trabalhe com honestidade
Te desejo o sucesso
Visando sempre o progresso
Pra melhorar a cidade."
Então o Boi não ouviu
As dicas daquele dia
E grande taca sentiu
Se cumprindo a profecia
O fracasso enfim chegou
Um democrata avisou
Que a barca iria afundar
Pois da Boiada doente
Povinho baixo, indecente
Boi não quis se separar.
Alegria foi embora
Boiada enfim se perdeu
Já estava mais que na hora
O Boi Bandido aprendeu
De fato a barca afundou
Alguém bem profetizou
Saruê foi liquidado
Não vai sair da memória
A derrota da história
Desse povo fracassado.
Qualquer semelhança com nomes, pessoas, personagens, fatos ou situações da vida real, terá sido mera coincidência.
De antemão, respeitosas escusas a quem porventura venha a se sentir citado (a) nesta obra.