Cuiabá | MT 16/04/2024
Jorge Maciel
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Sexta, 28 de outubro de 2016, 12h23

O set xulo e vil do 45

A punição dada à coligação Dante de Oliveira, que a fez perder o último programa eleitoral pela TV e rádio foi tardia, mas providencial. O TRE já deveria ter imposto sanções ao candidato Wilson Santos, cujo programa foi um rosário de maldades, a partir do momento em que Emanuel Pinheiro, nas pesquisas, se distanciava em 20 pontos percentuais. Com números incômodos e tomado pela anestia febril, o candidato do PSDB resolveu lançar mão de produções infaustas na tentativa de empurrar o seu adversário, Emanuel, para o mesmo abismo da rejeição, ao qual já estava atirado pela sociedade – segundo as pesquisas, com índice de quase 50%.


O eleitor não compactua com a mentira; o eleitor não admite investidas raivosas; o eleitor não se coaduna à baixaria. Mentira, raiva e baixaria foram predicados que guiaram a campanha eleitoral da TV e rádio, principalmente por parte dos marqueteiros do PSDB-PSB. Ser marqueteiro, aliás, é sinônimo de quem trabalha para vender a imagem de um produto exaltando e realçando as suas qualidades. Marketing é uma ciência do bem. Quando é usado para o mal, deixa de ser uma sabedoria benéfica e passa a ser prática do ‘Antinome’, como fez Joseph Goebbels, homem da propaganda de Hitler, também chamado de “a encarnação do Demônio”.


Por infeliz inversão dos valores, a campanha eleitoral de Wilson Santos foi feita, depreendo, por gente amarga e com enorme teor de veneno. Para constatar tal raciocínio, basta ver o teor azedo e xulo dos seus programas eleitorais.


Cientistas políticos renomados e consubstanciados, como Bolívar Lamounier, Francisco Welfort, Raimundo Faoro, e muitos desses que têm mil e uma horas em graduações especiais, que são doutores e mestres em ciências sociais e políticas, e não alguns caras que se vê em Mato Grosso posando e titulados como tais, por culpa, inclusive de jornalistas maus informados, são convergentes, como seria tecnicamente natural, em um fator importante que cercam os efeitos das pesquisas eleitorais e que determinam a vitória ou derrota nas urnas: a assimetria entre a intenção de votos e a rejeição de um candidato.


Tendo construído sua imagem de historiador, professor e gestor associada a um glossário de blefes, mentiras e pedantismo, o candidato do PSDB, Wilson Santos, certamente, é o que leva maior desvantagem nessa análise. Avaliando o contingente eleitoral de 415.00 eleitores cuiabanos, o candidato Wilson Santos, com perto da metade de desgaste, considerando todas as pesquisas, vai disputar apenas um pouco menos da metade dos 415 mil votos, cerca de 207 mil. Emanuel Pinheiro, com rejeição de, no máximo 10%, segundo a dicção das pesquisas, disputa 320 mil votos.


Creio que os marqueteiros e assessores de Santos ouviram ou leram os efeitos desses cenários. Assim, apostaram na ofensiva nua, vil e crua, que durou até esta sexta-feira. Aguardo, sentinela e concentrado, para ver se no domingo valerão as qualidades dos candidatos como fatores de avaliação pelos eleitores ou se o marketing do mal vencerá mais uma vez.

Jorge Maciel é jornalista em Cuiabá.
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