A frágil, mas não tanto, figura de Marina da Silva continua balançando, e muito, o cenário político nacional.
Quis a lei das probabilidades que a candidata à vice, atraída por compromissos diversos, não participasse do trágico voo que vitimaria seu colega de chapa Eduardo Campos, como vinha fazendo normalmente.
Dessa maneira, mais viva e mais atuante do que nunca, continua apoiada por seus vinte milhões de fieis eleitores, por enquanto.
Realmente, a mosca da política é algo incompreensível quando me deparo com uma personalidade discreta, porém, desde sempre entranhada na política, como a viúva de Eduardo Campos.
Suas recentes declarações realmente me assustam, como por exemplo: "agora terei que trabalhar por dois".
Como uma mulher, com menos de uma semana de viuvez, cinco filhos - sendo o último ainda bebê - consegue ânimo para continuar nessa desenfreada busca pelo poder?
Coisas que o meu ingênuo sentimentalismo e o meu baixo pragmatismo de um eterno romântico não consegue entender. Enfim, as pessoas são realmente muito diferentes.
Voltando a focar em Marina da Silva. Falta conferir se com a escolha do candidato a vice formou-se um cenário preocupante para os outros dois candidatos à corrida presidencial de 2014.
Não creio que o horário eleitoral gratuito modifique muito o quadro já existente, pois a grande maioria das pessoas desliga os seus televisores quando começa esse verdadeiro festival de horrores.
Já é suficiente o voto obrigatório para que nos sintamos oprimidos nos nossos desejos. Países civilizados não possuem essa prática. Vota quem quer, de acordo com as suas convicções.
Como vemos, continua a pedra no sapato que muito incomoda os desesperados competidores pelo poder.
Controvérsias à parte, ao que tudo indica, teremos uma das eleições mais disputadas de todos os tempos, mesmo tendo em vista os inúmeros currais eleitorais disseminados por essa pobre nação.
Gabriel Novis Neves é mèdico em Cuiabá e ex-reitor da UFMTPlantão News.com.br - 2009 Todos os Direitos Reservados.
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