Cuiabá | MT 19/03/2024
Gabriel Novis Neves
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Sexta, 21 de junho de 2013, 17h41

Afinal!

Existe por parte do povo uma incontrolável curiosidade de saber quem manda no governo do Brasil.

Para governar com uma ampla base de sustentação política, fica difícil saber. Muitos arriscam dizer que o comando fica em um Instituto em São Paulo.

Sinceramente, não sei. Este “fenômeno” se repete na maioria dos nossos Estados.

Conheci vários chefes de Estado que, com as palmas oficiais, tornaram-se verdadeiros ditadores.

Os que adquiriram este perfil deixaram de legado um Estado falido.

O cargo executivo, amparado pelo voto popular, tem que ser exercido com a rigidez de uma borduna dos índios gigantes e com disciplina rondoniana.

A mais recente notícia que li sobre essa confusão dos poderes seria hilariante, se não fosse triste.

O Poder Legislativo não cumpre as leis que elabora.

O Supremo Tribunal Federal, vigilante da nossa Constituição, não tem as suas decisões respeitadas.

O Legislativo é um enorme balcão de negócios.

Leva quem pode mais. A “burra” fica com o executivo.

Cada projeto para aprovação no Congresso Nacional tem um valor. Não necessariamente em “rosas” do Tesouro Nacional, mas nas inúmeras benesses que o Executivo oferece.

Empregos com salários altíssimos para os parentes dos nossos representantes. Vista grossa no teto constitucional. Reembolsos de despesas pessoais.

Planos de saúde especiais. Viagens de turismo pelo mundo afora e a famosa carteirinha da impunidade.

O Brasil transformou-se numa imensa Torre de Babel, onde todos foram castigados.

Os nossos problemas originais não foram sanados, e continuamos à deriva do desenvolvimento.

Nesses últimos quinhentos anos do nosso descobrimento, tudo continua acontecendo por acaso.

Dizem que é o carma do vento que desviou Pedro Álvares Cabral do caminho das Índias, onde viajava a negócio.

No século XXI não aprendemos ainda a planejar.

O nosso futuro é incerto com o retorno do velho inimigo - a inflação.

Por incrível que pareça, estamos mais preocupados com os problemas financeiros dos países europeus do que com os inúmeros problemas que estamos enfrentando por aqui.

Que situação!

Sinceramente, nunca, jamais, na história deste país, houve uma situação semelhante como essa crise institucional que estão camuflando.

Mas, se o povo brasileiro quiser, esse quadro centenário pode mudar. Só depende de nós. Para isso temos que lutar, e banir das urnas os maus políticos.

“O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direção para a qual nos movemos” – (Oliver Wendell Holmes, americano escritor médico). 

Gabriel Novis Neves é mèdico em Cuiabá e ex-reitor da UFMT
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