Cuiabá | MT 18/03/2024
Luiz Gonzaga Bertelli
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Quarta, 18 de setembro de 2013, 18h04

Para fazer melhor

Os jovens sonham com negócio próprio. A meta de conseguir um emprego formal, com carteira assinada e direitos trabalhistas – como o 13.° salário e férias –, está ficando para trás. Eles querem tocar sua empresa, atuar com aquilo que tem vocação, exercitar a criatividade e, quem sabe, alcançar boa remuneração com horários mais flexíveis. Em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com 318 jovens e adultos, de 18 a 32 anos, 75% pretendem estar empreendendo, daqui há dez anos; 21% querem seguir carreira executiva e 4% esperam estar no serviço público.

A pesquisa mostra a vocação do brasileiro para empreender. São mais de 20 milhões de pessoas que tocam negócio próprio, abrindo novas frentes de trabalho e movimentando a renda e o consumo no país. Esse contingente coloca o Brasil entre as nações mais empreendedoras do mundo – já tem o maior índice entre os países do G20, com 17% da população. O número, no entanto, poderia ser ainda mais expressivo se houvesse menos burocracia e mais incentivo. Cerca de 100 dias é o tempo médio estimado para se abrir um negócio no Brasil, enquanto em outros países pode-se conseguir um alvará de funcionamento em 48 horas.

Nas escolas, empreendedorismo parece ser um assunto tabu. Não existe disciplina que cubra esse tema tão importante e os alunos saem da escola sem saber, muitas vezes, o que é empreender. Mesmo nas universidades, a questão não é encarada como prioridade. Estudo das Nações Unidas mostra que 97% das pessoas aprendem a empreender. Para isso, são trabalhadas características como liderança, iniciativa, organização e controle.

Empreender é não se conformar com o normal. É acreditar que pode fazer e fazer melhor. É enxergar à frente, adiante do seu tempo. É ter a oportunidade de colocar seus sonhos na prática. São vários os exemplos de personalidades que investiram em uma ideia e conseguiram mudar o rumo da história. Empreender é não se conformar em ler no escuro, como fez Thomas Edison. É acreditar que podemos produzir aviões e exportá-los para nações desenvolvidas, como Ozires Silva com a Embraer. O jovem brasileiro tem características semelhantes. É arrojado por natureza e, por isso, demonstra desde cedo esse desejo, que tanto bem pode fazer à nação.

 

Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), e diretor da Fiesp
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