Cuiabá | MT 25/04/2024
Adamastor Oliveira
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Segunda, 26 de julho de 2010, 18h50

A Fórmula do Povo

Agora chega! Além de nós, brasileiros, suportarmos políticos oportunistas que utilizam o dinheiro para se elegerem e, em seguida, recuperarem tudo, nos passando a perna – tirando de nosso pobre povo os recursos que salvariam vidas em leitos hospitalares e que resgatariam almas nos bancos escolares -, temos aturado, ainda, o dinheiro fazendo a diferença também nos esportes, pois há muito que na seleção canarinho são os patrocinadores que escalam o time, e, na equipe vermelha de fórmula um (que nem é nossa) são os donos da equipe (Fiat-Ferrari) que determinam os vencedores das corridas, ambas, a nos roubar as emoções de vitórias merecidas apenas pelo talento.

Na política, tristes e resignados, democratas que somos, toleramos multiplicarem-se nas urnas as vitórias de políticos sabidamente corruptos e reconhecidamente desonestos que saqueiam os cofres públicos e ainda utilizam esse dinheiro sujo para se reelegerem.

Nos esportes, desolados e sem esperança, assistimos o dinheiro, o “Deus” dos esportistas atuais, comandar os espetáculos, pois a grana virou sinônimo de “comprometimento”.

Onde deveria vigorar a força da habilidade, agora, vige o sagrado “comprometimento”, jogadores e pilotos devem ser comprometidos. Talento? Para quê? Se na hora da vitória, sede-se o lugar, se no momento de escalar, o patrocinador é quem convoca?

Comprometimento de mais e talento de menos, esse foi o mesmo problema da nossa seleção verde e amarela e também de Felipe Massa. Sobrou comprometimento para com suas marcas, faltou o desejo da conquista, que só o puro mérito almeja.

Na política como no esporte, hoje, o dinheiro é tudo.

Então, estamos todos nós, e-leitores e torcedores, liberados para escolhermos nossas preferências, pensando também economicamente.

Assim, resilientes que somos, utilizando o mesmo raciocínio deles, responderemos nas urnas e nos bolsos desses que hoje nos aviltam.

Não votaremos em quem tenha patrimônio maior do que o que seria possível, considerando os rendimentos do candidato. Se for professor, ele não pode ter patrimônio maior do que o valor de uma boa casa e um bom carro, ou alguém aí conhece algum professor honesto, com os salários que recebem os mestres no Brasil, que pode se dar ao luxo de ter chácara de veraneio com cascata artificial, piscina grega na sala e quadra de tênis, sem falar em apartamento um por andar em Capital? E ainda, não votaremos também em candidato com patrimônio milionário, pois, para esses, é muito mais fácil, depois de assaltar os cofres públicos, fazerem as mágicas contábeis para fugirem da lei do enriquecimento ilícito.

Quanto às empresas que patrocinam os jogadores e pilotos mercenários, a exemplo do Banco Santander (espanhol), da Fiat (italiana), Adidas (alemã) e Nike (americana), elas, terão que gastar muito mais em propaganda e marketing, pois manter conta e comprar produtos dessas empresas, só em último caso.

Adamastor Martins de Oliveira - Cidadão de Mato Grosso e-mail: adamastorm@yahoo.com.br
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