Domingo, 14 de dezembro de 2014, 23h24

53ª Rima - O boi e as coisas que vi

Atenção ò minha gente
Povo desse lugá 
Veja o acontecido
Que rimando vou contá.

Em dois anos na cidade
O pasto está maió
A situação tá feia
E vai ficar bem pió.

Já vi Boiada alegre
Pulando a noite inteira
Agora é só lamento
Hoje é tudo choradeira.

Vi um “carro voador”
Que abastece em mil lugá
Lá pras banda de Goiânia
Mas indo pra Cuiabá.

Vi gastos com carnaval
Mais de meio milhão
Com som, frescura e banheiro
Espuma, palco e telão.

Vi o Boi enganador
Mentir com a cara dura
Que Brasília deu dinheiro
Vindo lá da cultura.

Vi Dondoca com frescura
Dizer que ama o povão
Mas é tudo fingimento
Dela e do Boi lambão.

Vi projeto da lagoa
Gastos de 2 milhões
No lugar não tem nem cerca
Só promessa! enganações.

Vi projetos mentirosos
Em terceira dimensão
Desvairada está de volta
Fazendo divulgação.

Vi o Doido na saúde
E a pose da assistente
Que não agiliza nada
Mas maltrata paciente.

Vi Boirina de cabresto
Fazendo enganação
Mentindo prus professores
Afundando educação.

Vi Boiteco em desespero
Inventando explicação
Defendendo as mazelas
Da pobre e fútil gestão.

Vi o Boi sentenciado
E a barca afundando
Boiada sem alegria
E as orelhas murchando.

Boiada em desespero
Ecoa forte gemido
Num choro que durará
Dois anos com o Boi bandido.

“Esta rima, e todas as demais obras, são criações artísticas imaginárias. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, personagens, fatos ou situações da vida real, terá sido mera coincidência.”