Cuiabá | MT 29/03/2024
Carlos Avalone
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Quarta, 22 de outubro de 2014, 14h41

Cavalo arreado

Hoje quando o Estado está sendo preparado para viver um novo momento de mudança, é difícil esquecer as experiências que vivemos há 15 anos, em 1995, o primeiro ano do governador Dante de Oliveira no comando do Estado de Mato Grosso. É difícil não comparar aquele momento, em que o estado passou pela maior reforma administrativa de sua história, com o que o Estado deve viver a partir de 2015, quando terá uma nova oportunidade de reoxigenar sua estrutura e direcionar nosso olhar para o desenvolvimento dos potenciais e vocações do estado.

Mato Grosso está prestes a viver um período de grandes mudanças, de esperança, de confiança e de moralização. É uma oportunidade única de retomarmos os paradigmas que possibilitaram as transformações do estado naquele momento histórico, quando o objetivo maior era gerenciar o poder público com base na ética e eficiência técnica, na experiência em gestão, ao invés de priorizar indicações políticas.

Dante recebeu um estado em frangalhos, praticamente ingovernável. Com três folhas de pagamento atrasadas (na época não existia Lei de Responsabilidade Fiscal), com uma crise energética e um apagão anunciado. Mais de 40 cidades tinham energia gerada somente por motor a diesel. Recebeu de herança uma Cemat endividada, o Bemat, que era um depósito de escândalos e corrupção, e a Sanemat como exemplo de empresa que não atendia as demandas da população. A receita não cobria a folha de pagamento e os repasses para os poderes. O estado estava fora de controle, o momento exigia medidas drásticas e imediatas. Como Dante mesmo dizia "foi preciso cortar na própria carne". E assim, ele liderou a maior reforma que o estado de Mato Grosso já viu.

A Cemat foi privatizada, o Bemat liquidado, a Sanemat municipalizada e outras empresas mistas encerradas,. A privatização da Cemat, a conclusão das obras de Manso e a viabilização do gasoduto acabaram com o fantasma do apagão. Mato Grosso saiu da condição de importador para exportador de energia.
Além disso, ele trabalhou muito e ajudou politicamente a viabilizar a chegada dos trilhos da Ferronorte em Alta Taquari e depois a Alto Araguaia.
Dante enxugou a máquina e reduziu o tamanho do Estado, com base num Plano Estratégico de Desenvolvimento para 12 anos, traçado a partir de seminários regionais, que possibilitaram ouvir as comunidades . Ele vivia com seu plano de governo para cima e para baixo, e regularmente cobrava as metas de seus secretários.

Além de reduzir a máquina, negociar as dívidas e equilibrar as contas públicas, cumprindo pela primeira vez a Lei de Responsabilidade Fiscal, seu plano estratégico estabeleceu ações conforme nossas vocações regionais. Assim, priorizou o fomento aos setores produtivo, a indústria, comércio, turismo, cultura e meio ambiente.

Fortaleceu esses setores por considerá-los pilares que viabilizam o crescimento do estado, que por sua vez ampara as políticas públicas de saúde, educação, segurança.

Não por acaso, tomou a decisão histórica de criar e estruturar a Secretaria de Turismo, a Secretaria de Cultura, e de fortalecer a política de meio ambiente. Foram decisões estratégicas para colocar Mato Grosso no rumo da sustentabilidade, uma tendência internacional na valorização de qualquer produto.

Dante divulgou nossos potenciais para atrair investimentos, a partir da vocação natural para produção agrícola, da divulgação de nossa cultura e belezas naturais. Aperfeiçoou a política ambiental e fomentou as cadeias produtivas, enquadradas nas normas internacionais da sustentabilidade e modernidade.

Dante não apenas arrumou a casa e preparou Mato Grosso para o futuro. Ele deixou como contribuição uma experiência de sucesso, as bases de um plano interrompido, mas que apontou o rumo que o estado pode seguir. Suas ideias e legado político o PSDB continua defendendo como referência. E entende que em 2015 Mato Grosso ganha uma nova oportunidade! Um cavalo arreado vai passar por aqui. 

Carlos Avalone, suplente de deputado, presidente do PSDB Municipal de Cuiabá e presidente do Instituto Ação Verde, foi o primeiro secretário de Indústria, Comércio e Turismo de Cuiabá (1993) e o primeiro secretário de Turismo do Estado de Mato Grosso (1995).
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