Sexta, 25 de setembro de 2015, 09h29

Mídias sociais? o novo cartão de visita profissional

Está procurando emprego? Tenha uma certeza: seu possível empregador irá procurar referências sobre você nas mídias sociais. Pois, o constante crescimento da internet e das mídias sociais tem alterado cada vez mais a forma como nos comunicamos -- e como contratamos.

Já é um fato que as mídias sociais possuem o poder de refletir significativamente na vida real de seus usuários – especialmente na área profissional. Elas se tornaram um cartão de visitas para muitas empresas que buscam futuras contratações e/ou que procuram se manter atualizadas quanto ao perfil {ou comportamento} de seus colaboradores.

Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada em 12 países pela Robert Half, empresa especializada em seleção de executivos, detectou que as organizações no Brasil são as que mais utilizam as redes sociais para contratar – uma forma de acelerar a fase de seleção de currículos por ter uma prévia das características, habilidades e gostos de seus candidatos.

Entre as redes sociais especializadas está o Linkedin, considerada a mais procurada pelo mercado de trabalho e que possui atualmente mais de 22 milhões de usuários conectados em todo o país.

Entretanto, é preciso lembrar que mesmo existindo um canal pelo qual você fale profissionalmente, outras redes também podem estar disponíveis para consulta – como o caso do Twitter ou do Facebook.

Causar uma boa impressão no mundo virtual é pré-requisito básico para aumentar as suas chances com as empresas que estão na internet. É preciso ter muito cuidado ao expor a sua opinião para não se prejudicar e, ao mesmo tempo, manter a sua identidade.

Então, fique alerta! Existem três perfis que deixam as empresas com o pé atrás: o crítico de plantão (aquele que passa o tempo todo xingando e fazendo críticas contra produtos e organizações), o preconceituoso metido a engraçado (posta e curte comunidades de conteúdo hostil) e o pessimista ou conselheiro (banca o psicólogo virtual ou utiliza o seu perfil como um canal de reclamação).

Lembre-se: estar conectado não significa que "vale tudo" online.

É difícil ter regras, mas é importante ter bom senso. Evite publicar informações pessoais que influenciem a sua segurança e dos demais. Isso pode passar a impressão de que você é uma pessoa desatenta. Informações sigilosas da empresa? Nem pensar! Comentar informações estratégicas põe em risco o seu emprego e também algum projeto no qual a companhia esteja trabalhando. Nunca divulgue nada que você não colocaria em um outdoor.

A propósito, evite falar mal da empresa da qual você faz parte da equipe. O artigo 482 da CLT prevê demissão por justa causa quando o funcionário possui um vínculo claro com a empresa e emite um comentário que venha a difamar a organização, não importando o canal ou veículo de comunicação. Posts com comentários que podem prejudicar a empresa de alguma maneira também estão banidos.

Fotos com conteúdo constrangedor, como as que fazem alusão ao consumo de bebidas alcoólicas ou de caráter sensual, devem ficar longe das telas do computador ou celular – e dos olhos do seu chefe, é claro. Preservar a imagem é essencial. Usar linguagem pouco educada também é algo que afeta a sua credibilidade. Não pense que o relativo anonimato virtual fornece um "salvo-conduto" para agir de forma diferente por ali. O uso de palavras de baixo calão pode ser considerado um reflexo da sua personalidade. Ao invés de partir para a agressão verbal, sustente seu discurso com argumentos consistentes. Tudo fica visível nas redes sociais. Desde a educação até a falta dela.

Mas, se você já cometeu algum deslize, a melhor maneira de reparar o erro é a transparência. Assuma, peça desculpas – de preferência no mesmo canal utilizado – e preste atenção para não voltar a cometer o mesmo erro. Redobre a atenção à gramática e à ortografia. E o mais importante: seja coerente e preze por conteúdos relevantes.