Cuiabá | MT 28/03/2024
Onofre Ribeiro
623386141c879849c418ec457e4022d5
Sexta, 27 de março de 2015, 10h35

O mundo que muda

Ainda hoje, as consequências se montam e se desmancham nas etnias regionais e nas guerras

A história universal registra mudanças gerais de tempos em tempos em todos os continentes. Algumas sincronizadas entre países, mas raramente entre continentes. Só a título de lembrança. Desde o fim do império egípcio a humanidade caminhou pro Ocidente.

Lá na ponta, a Grécia absorveu toda a ciência egípcia que caminhou passando pelo mundo árabe. O império romano copiou o helenismo a partir daí e devolveu ao mesmo mundo com outras leituras. As navegações portuguesas mudaram o continente europeu e toda a geopolítica européia, resultando no fortalecimento posterior do império britânico, e assim por diante.

No século 20, a primeira guerra mundial incluiu a América do Norte num novo processo econômico, e a segunda ampliou isso incluindo o Japão derrotado, Rússia até então isolada e fez surgir a dualidade capitalismo versus socialismo.

Ainda hoje as consequências se montam e se desmancham nas etnias regionais e nas guerras como as do Oriente Médio e dos Bálcãs europeus e africanas, vítimas das separações políticas das duas guerras.

Porém, a chamada globalização que se seguiu ao fim da União Soviética, mudou o eixo soviético para os EUA por um tempo, e o mundo se viu num polo só.

Mas o comércio cresceu enormemente na esteira da globalização das comunicações conseguida graças ao uso civil de todo o aparato tecnológico resultante da Guerra Fria, posto à disposição dos negócios.

Tudo isso pra dizer que hoje o mundo não muda mais isolado em continentes nem em países. Como na primeira guerra mundial, quando os países entraram em rede na guerra.

Hoje o mundo é uma rede interligada política, econômica, religiosa ou etnicamente. Ninguém mais é uma ilha, como disse o poeta inglês John Donne, no século 17.

As transformações que estão ocorrendo no mundo nestes anos e nos próximos, se darão em cadeia. De algum modo os países e os continentes serão alcançados e mudarão de alguma forma.

O Brasil vive e viverá as suas próprias transformações dentro da sua lógica de re-civilização política. Vítima e presa de sistemas políticos coloniais ou coronelescos se depara com a sua incompetência de permanecer razoavelmente estável no mundo globalizado.

É de se esperar que os próximos anos coloquem sobre a mesa da reconstrução brasileira todas as contradições históricas acumuladas até aqui e a necessidade de se reposicionar diante de si mesmo.

O leitor perguntaria: E o governo em crise? Responderia que é apenas uma peça dentro do tabuleiro das contradições que precisam ser revistas.

Muito chão pela frente nessa terra de Pedro Álvares Cabral, de Tiradentes, de Tancredo Neves e de Ulysses Guimarães....!
 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso onofreribeiro@terra.com.br
MAIS COLUNAS DE: Onofre Ribeiro

» ver todas

Busca



Enquete

O Governo de MT começou a implantar o BRT entre VG e Cuiabá. Na sua opinião:

Será mais prático que o VLT
Vai resolver o problema do transporte público.
É uma alternativa temporaria.
  Resultado
Facebook Twitter Google+ RSS
Logo_azado

Plantão News.com.br - 2009 Todos os Direitos Reservados.

email:redacao@plantaonews.com.br / Fone: (65) 98431-3114