Ainda hoje, as consequências se montam e se desmancham nas etnias regionais e nas guerras
A história universal registra mudanças gerais de tempos em tempos em todos os continentes. Algumas sincronizadas entre países, mas raramente entre continentes. Só a título de lembrança. Desde o fim do império egípcio a humanidade caminhou pro Ocidente.
Lá na ponta, a Grécia absorveu toda a ciência egípcia que caminhou passando pelo mundo árabe. O império romano copiou o helenismo a partir daí e devolveu ao mesmo mundo com outras leituras. As navegações portuguesas mudaram o continente europeu e toda a geopolítica européia, resultando no fortalecimento posterior do império britânico, e assim por diante.
No século 20, a primeira guerra mundial incluiu a América do Norte num novo processo econômico, e a segunda ampliou isso incluindo o Japão derrotado, Rússia até então isolada e fez surgir a dualidade capitalismo versus socialismo.
Ainda hoje as consequências se montam e se desmancham nas etnias regionais e nas guerras como as do Oriente Médio e dos Bálcãs europeus e africanas, vítimas das separações políticas das duas guerras.
Porém, a chamada globalização que se seguiu ao fim da União Soviética, mudou o eixo soviético para os EUA por um tempo, e o mundo se viu num polo só.
Mas o comércio cresceu enormemente na esteira da globalização das comunicações conseguida graças ao uso civil de todo o aparato tecnológico resultante da Guerra Fria, posto à disposição dos negócios.
Tudo isso pra dizer que hoje o mundo não muda mais isolado em continentes nem em países. Como na primeira guerra mundial, quando os países entraram em rede na guerra.
Hoje o mundo é uma rede interligada política, econômica, religiosa ou etnicamente. Ninguém mais é uma ilha, como disse o poeta inglês John Donne, no século 17.
As transformações que estão ocorrendo no mundo nestes anos e nos próximos, se darão em cadeia. De algum modo os países e os continentes serão alcançados e mudarão de alguma forma.
O Brasil vive e viverá as suas próprias transformações dentro da sua lógica de re-civilização política. Vítima e presa de sistemas políticos coloniais ou coronelescos se depara com a sua incompetência de permanecer razoavelmente estável no mundo globalizado.
É de se esperar que os próximos anos coloquem sobre a mesa da reconstrução brasileira todas as contradições históricas acumuladas até aqui e a necessidade de se reposicionar diante de si mesmo.
O leitor perguntaria: E o governo em crise? Responderia que é apenas uma peça dentro do tabuleiro das contradições que precisam ser revistas.
Muito chão pela frente nessa terra de Pedro Álvares Cabral, de Tiradentes, de Tancredo Neves e de Ulysses Guimarães....!
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