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Ernani Caporossi
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Quinta, 09 de fevereiro de 2017, 16h27

Doença 'democrática'

Um em cada cinco brasileiros sofre de hipertensão arterial, a popular "pressão alta", uma doença crônica adquirida, em 95% dos casos, por hereditariedade ou por fatores externos de risco como obesidade, estresse e consumo excessivo de álcool, fumo e sal.

São mais de 30 milhões de brasileiros acima de 18 anos, o equivalente a 21,4% da população do país, com níveis de pressão arterial igual ou acima de 14 por 9. No mundo, cerca de 1 bilhão de pessoas são afetadas. E ela tem impactos também nos tratamentos odontológicos.

É uma doença "democrática". Não respeita sexo, cor, faixa etária e nem condição econômica. No Brasil, sua incidência aumenta proporcionalmente à idade. Entre 18 e 29 anos, atinge 2,8% da população, enquanto de 30 a 59 anos, o percentual pula para 20,6%, dobrando para 44,4% na faixa etária entre 60 e 64 anos, aumentando para 52,7% nas pessoas entre 65 e 74 anos. O percentual é ainda maior, entre os idosos com mais de 75 anos – é de 55%.

Resumo: mais da metade da população brasileira acima de 65 anos sofre de hipertensão arterial.

A hipertensão arterial ataca os vasos sanguíneos, coração, rins e cérebro. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames ou AVC (Acidentes Cardiovasculares) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Embora sejam situações muito graves, podem ser evitadas, desde que com tratamento adequado e bem conduzido por profissionais de saúde, entre eles o dentista.

Apesar desta realidade, muitas vezes o paciente com problemas bucais desconhece ser hipertenso. Portanto, o profissional precisa estar atento e preparado para atendê-lo e realizar corretamente os procedimentos necessários nestes casos, em especial o exame físico e uma detalhada anamnese, com faixa etária, hereditariedade e hábitos de vida do paciente.

Para que uma cirurgia bucal bem sucedida, caso seja necessária, é fundamental controlar a ansiedade do paciente, praticar boa técnica de anestesia e todo cuidado na escolha dos medicamentos a pós operatórios. É fundamental saber a medicação usual do paciente e solicitar exames que complementem a anamnese. É preciso saber se o paciente está apto à cirurgia. Daí a necessidade do exame de risco cirúrgico.

São procedimentos essenciais para se prevenir contra situações de emergência médica e inserir o dentista no grupo de profissionais de saúde.

Os possíveis sintomas da doença são dores no peito e na cabeça, tontura, zumbidos e fraqueza, visão turva e sangramento nasal. A pressão arterial de um paciente nestas condições deve ser medida nos dois braços, porque diferenças de pressão podem indicar risco de doença vascular e causar a morte. Consumir café ou álcool e fumar antes de medir a pressão pode alterar o resultado.

Ernani Caporossi, especialista em dentística restauradora e prótese dental e MBA em Gestão em Saúde, é membro fundador da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE), membro da Sociedade Brasileira de Reabilitação Oral (SBOE) e da Academia Brasileira de Osseointegração (ABROSS). Há 30 anos atende em Cuiabá.
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