Cuiabá | MT 29/03/2024
Alberto Romeu Pereira
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Quarta, 03 de julho de 2019, 09h24

Ampliar para diminuir os beneficiados

Com tantas obras abandonadas (talvez o crime maior é sobre educação e saúde) mira-se a condenação ao prefeito, ao secretário, no âmbito político/administrativo.

Imagino que os orgãos reguladores e de fiscalização (TCE, MPestaduais, MPfederal, Tribunal de Justiça, enfim...) deveriam envolver também os engenheiros e arquitetos responsáveis pelas obras pois alí estarem embutidos os pagamentos dos seus serviços.

Ocorreu todo uma despesa para até o início da obra (licitação, projetos caros, etc....) e após abandonada fica apenas o ônus para os seres humanos. Crianças, por exemplo, inocentes.

Tem que se responsabilizar mais gente nessa orgia da roubalheira do dinheiro público.

Um caso, por exemplo (pequenininho por sinal) de Nobres, 100 km de Cuiabá, onde dois prefeitos da época foram condenados a restituir dinheiro por não concluírem uma obra de 2005 onde constava uma ciclovia. Hoje os filhos dessas pessoas envolvidas, se tivessem nascido naquele ano, estariam com quantos anos? Estamos em 2019, é bom lembrar.

Tá faltando mais gente nisso pra começar uma 'delação' prévia para se evitar roubalheira.

Neste momento em que o #Supremo Tribunal Federal #stf e o Conselho Nacional de Justiça #cnj abrem debate sobre as obras paradas no Brasil, inclusive com a anunciada parcimônia de agilizar pendências com liberações da Justiça, é necessário que amplie-se o leque de meios para se barrar tais crimes.

Em Mato Grosso, por exemplo - e Brasil afora, os crimes praticados quando das obras da Copa do Mundo de 2014 (iniciadas em 2012) estão passando impunes várias pessoas implicitamente responsáveis.

Aliás, o então presidente do CREA em Mato Grosso, Juares Silveira Samaniego, que assumiu em janeiro de 2012, prometia rigorosa fiscalização no exercício profissional. Seu mandato foi até 2014. 
 

Alberto Romeu Pereira é jornalista em Mato Grosso. E-mail romeu@plantaonews.com.br
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