Cuiabá | MT 28/03/2024
Max Lima
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Sexta, 08 de outubro de 2021, 08h24

Outubro é rosa!

 

Criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, o Movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, o Outubro Rosa é celebrado anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.

 

Usando este mês voltado a uma parte da saúde feminina vamos falar também saúde cardiovascular das mulheres . Mas o que o coração tem a ver com o câncer de mama? Câncer de mama, de pulmão, melanomas, leucemia e linfomas, qualquer tumor pode atingir as estruturas cardíacas. Quando o câncer é diagnosticado, o comprometimento do coração pode variar de 1 a 20% pelo câncer.

Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, mostram que de 63.566 pacientes com câncer de mama, cerca de 15% dos óbitos ocorreram por causas cardiovasculares oito anos após o tratamento oncológico. A morte em decorrência do próprio câncer foi responsável por 15,1% dos óbitos analisados. A mortalidade por causas cardiovasculares é maior nas pacientes que recebem o diagnóstico nos estágios mais avançados da doença e naquelas com mais de 75 anos de idade.

Acontece que o tratamento do câncer de mama envolve diversas terapias que podem afetar o coração. As antraciclinas, por exemplo, estão relacionadas ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, que muitas vezes é irreversível. O maior ensaio clínico brasileiro no cenário de prevenção de cardiotoxicidade por essa droga avaliou 200 pacientes com câncer de mama e observou uma incidência de cardiotoxicidade de 14%.

O trastuzumabe é outro reméutilizado nas pacientes com câncer de mama. O medicamento, que revolucionou o tratamento em pacientes HER2 positivas, o que corresponde a 20% de todos os casos também está associado ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, podendo chegar a 27% de incidência.

A radioterapia e a terapia hormonal estão relacionadas a desenvolvimento de doença arterial coronariana. Em estudo com 2.165 pacientes tratadas com radioterapia, 21,5% desenvolveram doenças cardiovasculares até 7 anos após o início do tratamento.

Portanto o coração tem tudo a ver com o câncer de mama sim.

A única prevenção não só para o câncer, mas também doenças cardiovasculares é a prática de exercícios, de movimentos do corpo no dia a dia, a alimentação e as visitas regulares ao Médico .

Veja aqui algumas dicas:

Mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia a cada dois anos, principalmente aquelas que já possuem histórico da doença na família.

Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas visto que em grande quantidade aumenta o risco do câncer de mama, mas também de doenças cardiovasculares.

Coma frutas, cereais, legumes e verduras e feijões em sua alimentação.

Evite o sobrepeso. Mulheres obesas produzem uma quantidade maior de estrogênio, hormônio feminino ligado ao aparecimento de compostos cancerígenos.

 

Lembre-se dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo, ultrapassando até mesmo o câncer de mama.

Max Lima é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM, médico do corpo clínico do hospital israelita Albert Einstein, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso(SBCMT), Médico Cardiologista do Heart Team Ecardio no Hospital Amecor e na Clínica Vida , Saúde e Diagnóstico. CRMT 6194

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