O secretário municipal de Cultura Alberto Machado, se pronunciou nesta segunda-feira (15) sobre a operação "Alexandria", realizada pela Polícia Civil para investigar fraudes em projetos culturais das Secretarias Estadual e Municipal de Cultura. As investigações foram iniciadas em abril deste ano após denúncias extraoficiais à Secretaria Estadual de Cultura.
Entre as principais irregularidades estavam desvio de dinheiro público, duplicidade e falsificação de documentos. O desvio de aproximadamente R$ 1 milhão foi efetuado por meio do Programa de Apoio à Cultura (Proac), da Secretaria de Cultura do Estado de Mato Grosso, apresentados nos anos 2012, 2013 e 2014. O principal envolvido é o conselheiro Alceu Marcial Cazarin.
Segundo o secretário municipal de Cultura, Alberto Machado, logo que assumiu a pasta em 2013 a Secretaria de Cultura de Cuiabá estabeleceu mais rigor nas questões relacionadas à prestação de contas e colaborou prontamente com a polícia ao entregar 204 projetos aprovados.
"Tomamos atitudes preventivas como o cadastramento obrigatório no Sistema Nacional de Informações e Indicadores e uma nova eleição do Conselho Municipal de Cultura está sendo feita. A Delegacia Fazendária está acompanhando cada etapa para tentar inibir esta prática. Mostramos um indicativo de transparência, que o prefeito Mauro Mendes faz em todas as suas ações", destacou o secretário.
De acordo com a Polícia Civil, 25 pessoas estão envolvidas e os mandados de prisão foram cumpridos em Cuiabá, Rondonópolis, Primavera do Leste, Nova Monte Verde, São José dos Quatro Marcos, Mirassol D Oeste e Paranatinga. Estas serão indiciadas por crimes de bando ou quadrilha, ameaça, crimes contra a fé pública e lavagem de dinheiro.
O delegado responsável pelas investigações, Gianmarco Pacolla falou sobre o perfil dos envolvidos no esquema, e que segundo ele, atuavam como "laranjas". A participação de servidores públicos foi descartada.
"As secretarias nos ajudaram com o fornecimento de documentos e com a própria denúncia. Não podemos pensar que haja secretários envolvidos, se foram os principais colaboradores", afirmou Paccola.