O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/ Ebserh) organiza estratégias para minimizar o impacto do desabastecimento nacional de penicilinas, provocada pela falta da matéria-prima para sua produção no mercado mundial. O alerta foi dado no fim de outubro pelas secretarias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), órgãos ligados ao Ministério da Saúde. Elas emitiram uma Nota Informativa (nº 85/2015) orientando os gestores de saúde dos estados sobre o uso prioritário da penicilina.
O Ministério da Saúde recomenda que as gestantes com sífilis devem ter prioridade na utilização da penicilina G benzatina, e a penicilina cristalina deve ser usada prioritariamente nas crianças com sífilis congênita. O documento traz alternativas para o tratamento da sífilis. “Foi uma decisão importante do Ministério da Saúde.
Respalda, por orientação de especialistas, os gestores a orientarem o Corpo Clínico da Instituição que dirigem a substituir estes medicamentos em falta no mercado por outros remédios similares e acessíveis, assegurando a exclusividade do uso dessas drogas para gestantes e crianças com sífilis e sífilis congênita, respectivamente”, pontua o superintendente em exercício e gerente de Atenção à Saúde, Eduardo De Lamonica Freire.
Vale ressaltar que o HUJM é um hospital de referência no atendimento de mulheres com gestação de alto risco. Esse é o único serviço de urgência e emergência realizado no Hospital Universitário Júlio Müller, ou seja, funciona 24 horas por dia, todos os dias, incluindo fins de semana e feriados.
Na Nota Informativa, o Ministério da Saúde afirma que está preocupado com a situação de desabastecimento e, mesmo diante do pactuado na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) que regulamenta como de responsabilidade dos municípios a compra de medicamentos padronizados para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), tem adotado medidas para suprir este desabastecimento em caráter de emergência.
“Entre estas medidas está a mediação junto ao mercado internacional e nacional, visando suprir e regularizar estas demandas. Outra medida mais imediata é a compra destes produtos pelo Ministério, disponível apenas em quantidades restritas”, diz um trecho do documento assinado pelos secretários Antonio Carlos Figueiredo Nardi da SVS/MT e Adriano Massuda da SCTIE/MS.