Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) vai estudar a viabilidade de implantar sistema que permite o georeferenciamento de todas
(foto) Viviane Saggin |
as escolas, alunos e rotas do transporte escolar rural. A decisão foi tomada após a apresentação do projeto para a comissão tripartite do Transporte Escolar, constituída pela pasta, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-MT), na última sexta-feira (15.05), em Cuiabá.
Por meio do sistema, desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é possível caracterizar e visualizar o atendimento em cada região e o deslocamento de cada aluno até a escola, de acordo com o zoneamento praticado e respectiva quilometragem percorrida. Ao final, identifica se existem rotas alternativas que possam atender de forma mais eficiente os alunos.
A implantação da metodologia permite ainda a eliminação de possíveis distorções, agregando ou suprimindo percursos para melhorar a efetividade do programa, que será atualizado sempre que houver mudança de residência de alunos e movimentação de matrículas.
O coordenador geral do projeto, Nilson Tadeu Ramos Nunes, PhD em engenharia de transportes, explicou que o raio-x pretende otimizar rotas, reduzir gastos e aumentar o conforto dos estudantes. “O transporte escolar é um problema sério para prefeituras do Brasil inteiro. Mesmo contando com financiamento do Governo Federal, nos últimos anos, tem se tornado oneroso e complexo para a maioria dos municípios, que têm que aportar significativos montantes para garantir o funcionamento do programa, e consequentemente, o acesso e a permanência dos alunos em sala de aula”, afirmou.
De acordo com o assessor da Seduc, Alfredo Ojima, o sistema poderá ser uma importante ferramenta para os municípios no balizamento e na tomada de decisões de investimentos para o segmento de transporte escolar. “Mas antes disso, precisamos estudar e avaliar os custos e condições de implantação e se o sistema é viável para a soluções de problemas vividos por eles”, declarou.
Fases
O projeto consiste em três etapas: cadastro, produção e pesquisa. A fase inicial contempla o desenvolvimento de uma modelo estatístico e a realização da implementação computacional, que permita selecionar, de forma automática, os municípios a serem contemplados no estudo. Em seguida, realizar o cadastramento georreferenciado de todas as unidades escolares e alunos atendidos, e, produzir uma base de dados espacial referentes às vias federais, estaduais, municipais e particulares utilizadas para o transporte escolar.
A segunda fase define a frota e rotas de custo mínimo, a serem realizadas pelos condutores dos veículos, e especifica os alunos transportados a cada viagem. Além de auxiliar para a melhoria da gestão dos recursos.
A terceira etapa busca aperfeiçoar a metodologia para o cálculo de indicadores de custo por aluno transportado, da de gestão da base espacial, de modelos de geração de rotas e de definição dos veículos adequados.
O sistema foi desenvolvido a partir de uma parceria com a Fundação Christiano Ottoni e Escola de Engenharia da UFMG e está sendo adotado pelo estado do Piauí, além de Minas Gerais.