Com base em um histórico sobre como as universidades enxergam o intercâmbio e como se dá a relação com estas trocas culturais, a técnica administrativa da Secretaria de Relações Internacionais (Secri) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Joíra Martins, desenvolveu um estudo sobre o “Programa Ciência Sem Fronteiras no contexto da Política de Internacionalização da Educação Superior brasileira”.
A dissertação analisa de que forma se deu a implantação do Programa Ciências sem Fronteiras (CsF) nas universidades nesse contexto, e detalha como tem sido o seu funcionamento e como este tem contribuído para a troca de conhecimentos entre alunos de distintas instituições. A mestra aponta o fato de que a mobilidade internacional sempre foi algo presente nas universidades, mas, nos últimos tempos, a nova realidade em que se encontram e o incentivo para que o intercâmbio ocorra tem mudado. O apoio financeiro ao estudante é, por exemplo, uma das alavancas do CsF.
Com base nisto, a técnica buscou contextualizar a política de internacionalização da educação superior brasileira, identificar como esta política se desenvolve no Brasil e em outros países e detalhar o funcionamento do CsF de 2011 a 2014 levando em conta diversos aspectos. Segundo a autora, pelos seus estudos o Programa CsF se constitui em “estratégia para o fortalecimento do modelo político-econômico vigente”.
O trabalho foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) do Instituto de Educação (IE) da UFMT, na linha de pesquisa “Movimentos Sociais, Política e Educação Popular”, sob a orientação da professora Maria das Graças Martins da Silva. A defesa ocorreu no dia 27 de março deste ano. Como diz Joíra Martins, esta é a primeira dissertação da UFMT sobre política de internacionalização da educação brasileira e faz uma discussão do ponto de vista da política internacional.