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Terça, 21 de outubro de 2014, 08h53

Novo modelo de transporte coletivo será exemplo de acessibilidade


Foto: Edson Rodrigues/Secopa-MT

No quesito tornar acessível, o Veículo Leve sobre Trilhos pretende demonstrar com o maior número de exemplos que a integração social pode fazer parte do dia a dia dos usuários do transporte coletivo

Paralelo à implantação do novo modal de transporte público mato-grossense, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), é feita à adaptação do mesmo no quesito acessibilidade – uma forma de garantir integração com qualidade e condições de alcance de utilização a todos os usuários do transporte coletivo.

O VLT fará a conexão entre quatro terminais de integração (Aeroporto, CPA, Porto e Coxipó), 32 estações de embarque e desembarque, mais a estação diferenciada do Morro da Luz. As 40 composições adquiridas e contempladas no projeto, cada uma delas formada por sete módulos (vagões), têm capacidade para transportar 400 passageiros por composição, sendo 323 pessoas em pé e 77 sentadas. Utilizando a capacidade total dos 40 veículos, o modal é capaz de atender 16 mil passageiros de uma só vez.

"A modernidade do novo sistema de transporte púbico fica por conta do próprio modal, seus trens e equipamentos, novidades a nível nacional, mas muito comum nos maiores centros urbanos do mundo. Possuem equipamentos e recursos a serem explorados pela operadora e nesse mesmo compasso com a garantia de ser acessível e adequado a todos os usuários", afirma o arquiteto e urbanista, especialista em engenharia de tráfego da Secopa-MT e membro da comissão de fiscalização das obras do VLT, André Luis Correia Gomes de Bento.

Mesmo com a demanda média de mobilização de passageiros, sentido/hora pico, podendo chegar a seis mil pessoas, de acordo com o estudo de mobilidade da rede integrada contratado pela Secopa-MT, adaptar-se ao VLT será uma tarefa fácil, garante o especialista envolvido no processo, já que o usuário terá à disposição todas as informações necessárias para tornar tranquila a viagem de trem. Na bilheteria, no momento da compra da passagem, o balcão de atendimento foi adaptado para atender cadeirantes e pessoas com nanismo, sem deixar de lado os demais perfis de usuário.

"As adaptações são visíveis em todos os aspectos, seja no meio físico como no interior dos trens, calçadas com piso rebaixado, faixas de pedestres sinalizadas e semaforizadas, rampas com baixa inclinação, travessias e plataformas com piso tátil, corrimão adaptados, bancos e assentos baixos com apoio, bancos para obesos, sinalização de solo e sinalização vertical com pictograma universal, linha de bloqueios e cancelas para cadeirantes, sinais sonoros e luminosos, botoeiras para comunicação entre o usuário e o condutor, botoeiras para abertura de portas, balaustres (corrimão interno), entre outras", destaca o arquiteto.

O passageiro com deficiência visual e/ou auditiva poderá guiar-se pelas estações de embarque e desembarque e no interior da composição de forma independente, através de sinais táteis (em braille), piso diferenciado, rampas, e alarmes sonoros e luminosos, cada um dentro da sua especificidade. Poderá contar também com o auxílio de funcionários treinados e capacitados para dar todo o suporte necessário a eles e os demais usuários do modal, lembra André.

No interior do trem há inúmeros dispositivos preparados para enviar mensagens rápidas do passageiro ao condutor do veículo em situações de necessidade ou acidente. "Um idoso com dificuldade de se locomover, poderá acionar uma botoeira acoplada ao braço do assento, onde irá transmitir um sinal sonoro ao condutor que passará a observar este usuário através de câmeras no interior do trem, aguardando até que o mesmo desembarque com segurança na plataforma", exemplifica.

Além disso, o projeto do VLT em sua concepção física contempla a norma regulamentadora NBR 9050, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. Já os trens, a norma NBR 14021 que institui critérios e parâmetros técnicos a serem observados para acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano, em condições de mobilidade e de percepção do ambiente pela população, incluindo crianças, adultos, idosos e pessoas com deficiência.

Os terminais do novo modal de transporte coletivo terão ainda estacionamento para veículos e bicicletas, ampliando o potencial de integração e mobilidade urbana. 




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