Mapeamento de acidentes de trânsito mostra incidências em duas avenidas da Capital

O primeiro mapa de zonas quentes de trânsito foi elaborado pela Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), e irá ajudar no desenvolvimento de políticas públicas para redução dos índices de mortes violentas em vias públicas de Cuiabá e Várzea Grande.

De janeiro a 31 de outubro de 2014 ocorreram 61 mortes no trânsito de Cuiabá e 67 pessoas morreram em decorrência de acidentes nas vias públicas de Várzea Grande.

O mapeamento utiliza o metodologia Kernel, também conhecida por "zonas quentes", e foi elaborado por meio da coordenadas geográficas do local onde o acidente aconteceu e ainda com informações das causas e vítimas. Com os dados se realiza o relatório de análise dos principais pontos com acidentes, para planejamento operacional e estratégicos, como campanhas de prevenções e operações "Lei Seca".

A coleta de dados por meio de coordenadas geográficas foi realizada pela Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), da Polícia Judiciária Civil, durante o atendimento das ocorrências de acidentes do mês de outubro.

O mapa mostra a espacialização e densidade de 168 locais de ocorrências de trânsito com vítimas, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Os policiais coletaram informações de 206 pontos, sendo que 38 não tinham coordenadas geográficas e 4 apresentaram pequena margem de erro dentro do aceitável.

Os pontos com incidência de acidentes foram classificados por cores em: baixo, moderado, médio, alto e muito alto. As Avenidas Fernando Correa da Costas e Beira Rio são as localidades com maiores registros de acidentes no mês, alcançando pontuação alta e muito alta, em alguns trechos.

O delegado titular da Deletran, Christian Alessandro Cabral, disse que a visualização dos pontos de ocorrências ajuda a entender os acidentes e trabalhar as causas por meio de medidas de ação. "Estamos vendo onde estão os acidentes e junto com os órgãos de trânsito podemos buscar adotar medidas para reduzir os índices nas áreas de maior violência", disse.

A Secretaria de Segurança Pública informou que o mapeamento é um projeto piloto, que aind está em fase de implantação.