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Terça, 04 de agosto de 2015, 17h18

Mais de 300 novos agentes comunitários reforçam atenção básica na saúde de Cuiabá


Foto: Techélo Figueiro
 

Sentimento de abandono, rejeição, culpa, choque, decepção, raiva e depressão são alguns dos sentimentos comuns entre crianças que vivenciam a separação dos pais. Conflitos que podem causar traumas psicológicos, dificuldades de aprendizado, déficit de atenção na escola, hiperatividade, ou que podem ser bem trabalhos se houver maturidade dos pais.

É com esse objetivo, de promover uma relação saudável entre pais e filhos e ajudar as famílias a superar essa fase de reorganização familiar após o divórcio, que a Justiça Estadual realiza a Oficina da Parentalidade na Comarca de Várzea Grande.

Esse é um projeto piloto que faz parte da segunda fase da campanha Justiça pela Paz em Casa, do Conselho Nacional de Justiça. A oficina começou nesta segunda-feira (3 de agosto) e continua nesta terça-feira (4 de agosto), com a participação de acadêmicos de Direito e pessoas que são partes em processos que envolvem guarda.

O projeto conta com o auxílio de psicólogas e assistentes sociais. Além disso, a terapeuta Eluise Dorilêo Guedes vai trabalhar nos dias 10 e 11 de agosto a Constelação Familiar, uma técnica criada por Bert Hellinger (psicoterapeuta alemão). Essa ferramenta reconstrói a árvore genealógica, o que permite localizar e remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família.

No primeiro dia de projeto, as pessoas aprenderam com a psicóloga e a assistente social o que é alienação parental e como podem evitá-la. Ouviram relatos das profissionais sobre o dia a dia dos casos envolvendo guarda de filhos. Elas constatam que a separação é algo doloroso para os adultos, mas que são as crianças que mais sofrem.

Elas contam também que na maioria das separações há um dos cônjuges que não aceita o término e até inconscientemente usa os filhos para atingir ou se vingar do outro. Os ex-casais falam mal um do outro ou discutem na frente das crianças, também usam os pequenos como mensageiros ou ‘espiões’, o que deixa os filhos estressados e angustiados. As profissionais deixam um valioso conselho: “os pais devem se perguntar sempre até que ponto o seu comportamento vai prejudicar seu filho”.

A juíza Jaqueline Cherulli, da Terceira Vara de Família de Várzea Grande, salienta que a oficina pretende mudar a mentalidade das pessoas. Ela observa que não existe uma ‘ex-família’ e a separação não cessa as responsabilidades em relação a ela. “Os pequenos são o para-raio e a gente tem que pensar como pode diminuir o sofrimento deles, diminuir a animosidade entre os pais, como lidar com a culpa de não conseguir dar continuidade ao casamento. Eles vão aprender como reagir de forma positiva para reduzir os danos”, argumenta.

Ela reforça que as crianças ficam achando que são culpadas da separação dos pais e se os adultos não tiverem consciência podem usar os filhos como moeda de troca, o que só traz desgaste e frustração a toda família.

O promotor de Justiça Rodrigo Barbosa de Abreu conta que essa oficina é importante para que se possa ter uma guarda compartilhada regular e funcional. “Queremos estimular boas práticas, respeito ao ex-cônjuge, porque ele ou ela representa muito para o filho”, frisa o promotor.




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