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Cuiabá&VG
Quarta, 22 de junho de 2016, 22h32

Mais de 160 idosos participaram da Mobilização em Defesa da Assistência Social


Michel Alvim 

Aproximadamente 160 idosos participaram na manhã de quarta-feira (22) da “Mobilização Nacional em Defesa do SUAS, Retrocesso NÃO” contra os cortes na Assistência Social já anunciados atual governo federal interino. A mobilização aconteceu no Centro de Convivência de Idosos Maria Ignês, em Cuiabá, e vem sendo realizada há mais de um mês em todo o país.

O secretário de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, José Rodrigues Rocha Júnior, esteve no centro de convivência e explicou aos usuários sobre os motivos da mobilização, que tem como pauta as possíveis mudanças que podem ocorrer na Política de Assistência Social com o novo governo federal, que encaminhou a Medida Provisória nº 726 para reestruturar os ministérios.

Ele destacou que a fusão do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome com o Ministério do Desenvolvimento Agrário pode implicar em retrocessos no Sistema Único da Assistência Social que, futuramente, pode atingir os usuários da rede socioassitencial, inclusive, os idosos dos centros de convivência.

Atualmente, Cuiabá possui quatro centros de convivência que atendem a aproximadamente 2 mil idosos anualmente. Nas unidades de assistência, eles têm acesso a atividades como hidroterapia, ginástica localizada, alfabetização, aula de informática, academia da terceira idade, jogos (dominó e mesa de sinuca), entre outras.

“Estivemos aqui para alertar aos idosos sobre os impactos que essa fusão dos ministérios e cortes na política de assistência pode significar para eles, pois muitos têm o centro de convivência como a sua segunda casa e vão ser impactados com a possibilidade de redução de atividades ou mesmo atendimento. Eles precisam ter consciência do que esta acontecendo no país e o no que pode acontecer com eles também”, disse o secretário.

Para a idosa Ambrosina Maria da Silva, 79 anos, usuária dos centros de convivência há mais de uma década, este trabalho de conscientização das pessoas que são atendidas pela assistência social é fundamental para que a luta contra os retrocessos na Política de Assistência Social avance.

Segundo ela, é preciso que os usuários ocupem espaços públicos para mostrar para a sociedade que não aceitam as imposições que vem sendo postas. “Apesar de ter 79 anos, acho que temos que ir a luta, nas ruas, nas praças para mostrar à sociedade precisamos da Assistência Social para sobreviver. Quem busca uma unidade de assistência, é porque sabe que terá um atendimento digno não importa suas condições financeiras, familiares ou mesmo seus vícios. Não podemos deixar que nos, os mais pobres, sejamos esquecidos”, ressaltou.

Esta é a quarta mobilização já realizada pela Assistência Social do município para fortalecer a luta nacional. Tanto os usuários da rede sócio assistencial quanto os servidores ligados a área já se mobilizaram na Praça Alencastro, no Centro de Referência de Assistência Social no bairro Tijucal, na audiência pública na Câmara de Vereadores e, agora, no centro de convivência.

A previsão é de que, enquanto a medida provisória que determina sobre reestruturação dos ministérios não seja aprovada no Congresso Nacional, diversas mobilizações continuem sendo realizadas. “Todas as quartas-feiras vamos nos reunir para que juntos possamos lutar por esse sistema único de assistência social que demoramos mais de uma década para construir. Não podemos deixar que aconteçam retrocessos”, finalizou o secretário. 




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