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Quarta, 17 de abril de 2019, 18h49

Procon-MT alerta que ovos de Páscoa estão com peso menor e mais caros


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Os ovos de Páscoa infantis estão com gramatura menor e mais caros do que em anos anteriores. Isso é o que aponta a pesquisa de preços realizada pela Coordenadoria de Fiscalização, Controle e Monitoramento de Mercado do Procon Estadual. A coleta de preços foi realizada em 30 estabelecimentos comerciais de Cuiabá, entre os dias 28 de março e 12 de abril deste ano.

De acordo com o Relatório de Páscoa 2019, os ovos destinados ao público infantil apresentaram redução de 8% a 33% na gramatura (peso), se comparado aos números registrados em 2018. Mas o tamanho menor não significou preços reduzidos, pelo contrário, a pesquisa aponta que os ovos para as crianças estão, em média, 10% mais caros do que no ano passado.

Para a coordenadora de Fiscalização, Controle e Monitoramento, Jéssica Amorim, a redução da gramatura dos ovos de Páscoa revela que a indústria do chocolate vem se utilizando de outras estratégias, que não o preço. “É necessário redobrar a atenção no momento das compras, pois o preço está mais alto em razão do brinde que vem junto e não do chocolate, que seria o principal em se tratando da data”.

Essa relação desvantajosa entre peso/preço fica ainda mais evidente ao comparr ovos de Páscoa às barras, tabletes ou caixas de chocolate. Exemplo disso é Ovo Lacta Bis (tradicional) de 318 gramas, que é encontrado no comércio nessa época com preços de até R$ 49,99. Já a caixa de Bis de 126g, pode ser adquirida por R$4,87. Ou seja, com o valor do ovo é possível comprar 10 caixinhas de Bis, mais de um quilo de chocolate.

Entre os produtos destinados ao público adulto monitorados este ano, o Procon-MT identificou variações de preços que chegam a 18%. É o caso do Ovo Lacta Diamante Negro/ Laka, de 575 gramas, o qual vem sendo comercializado entre R$ 65 e R$ 78,90 - uma diferença de R$ 13,90.

Ofertas e infrações

Para atrair os consumidores, o comércio da Capital tem se utilizado de ofertas, entre elas: desconto na aquisição da segunda unidade; formas de pagamentos facilitadas na aquisição de vários produtos; possibilidade de concorrer a prêmios ao adquirir um valor mínimo de produtos de Páscoa.

Ao longo da pesquisa, também foram observadas algumas práticas infrativas, que estão sendo apuradas pelo órgão de proteção ao consumidos, como a comercialização de produtos sem preços; divulgação de preço parcelado sem a devida informação do custo efetivo total ao consumidor; preços praticados de formas diferenciadas pela mesma rede comercial a depender da região.

A secretária adjunta do Procon-MT, Gisela Simona, afirma que, mais uma vez, a pesquisa realizada pela instituição mostra o quão importante são as ações preventivas de fiscalização que têm entre seus objetivos despertar no consumidor a consciência sobre a importância de planejar, pesquisar preços e, assim, evitar o superendividamento.

“A Páscoa não pode se tornar uma dor de cabeça para os próximos meses do ano. Por isso, o Procon investe nas ações de monitoramento, fiscalização e orientação aos consumdores”, conclui Simona.

Para a pesquisa, que é realizada anualmente pelo Procon-MT, as informações são colhidas por meio de visitas aos estabelecimentos comerciais de Cuiabá, além de monitoramento de sites que comercializam os produtos. Foram observados os preços de caixas de chocolates, barras com o mínimo de 100g e ovos de Páscoa.

Confira o Relatório Páscoa 2019 e o material completo da Coordenadoria de Fiscalização, Controle e Monitoramento de Mercado.

Percepção dos consumidores na Páscoa 2019

Outro estudo realizado pelo Procon Estadual este mês aponta que os consumidores estão atentos e preocupados com o aumento de preço dos produtos, tanto que 50% daqueles que responderam à pesquisa presencial realizada no órgão afirmaram que “não decidiram” ou “não vão comprar ovos ou produtos de chocolate na Páscoa deste ano”.

Realizado pela Coordenadoria de Relacionamento com os Municípios e Educação para o Consumo, o estudo aplicou questionários entre os dias 01 e 13 de abril deste ano. Foram 203 formulários online e 60 presenciais (na sede do Procon-MT). O objetivo foi conhecer as intenções de compra do consumidor neste período e sondar a existência de planejamento do orçamento familiar.

Pela pesquisa presencial, 40% não pretendem comprar e 10% não decidiram. Já no formato online, 29,4% dos consumidores afirmaram que não pretendem comprar ovos de páscoa ou produtos de chocolate, enquanto que a indecisão é apontada por 17,9%.

Nos dois formatos da pesquisa o consumidor manifesta que a baixa intenção de consumo está ligada aos altos preços dos chocolates. Na entrevista presencial, 41% afirmam que não vão comprar porque está muito caro e 29% dizem que tem outras prioridades. Já na pesquisa online esse valores se invertem: 44 % dizem ter outras prioridades e 39% alegam que está muito caro.

O trabalho da Coordenadoria de Educação para o Consumo também demonstrou que o consumidor não está disposto a gastar muito nesta Páscoa. Para 61% dos entrevistados presencialmente, o valor máximo para gastos com chocolates é de R$ 50.

O estudo conclui que esses indicadores refletem a recessão econômica pela qual passa o Brasil. Fica claro na pesquisa que os consumidores estão priorizando o pagamento de contas mensais, como água, luz, aluguel e cartão de crédito, o que demonstra a diminuição do poder de compra dos cuiabanos. 




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