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Bombeiros participam dos trabalhos de rescaldo dentro da empresa. |
Intensidade do fogo foi contida pelos bombeiros cerca de duas horas após. |
algum ponto do setor de estoque, minutos após os funcionários do administrativo deixarem o local, na parte da frente. O Corpo de Bombeiros chegou às 12h44. A possibilidade de um curto-circuito externo, ainda de responsabilidade da empresa Rede Cemat não é descartado, já que um acidente, exatamente às 12h00, a duas quadras dali, pode ter gerado uma descarga elétrica.
A Digital Tecnologia, localizada na avenida Tancredo Neves, 631, Jardim Petrópolis, emprega 24 funcionários e atua nos estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre como distribuidora das marcas Century, Sky e Intelbras. Dentro da empresa, de aproximadamente 700 m2 havia muito material de alta combustão, como aparelhos telefônicos, antenas parabólicas, fios, cabos e condutores, câmeras de monitoramento todos acondicionados em caixas de papelão. O forro do prédio era em PVC. Havia ainda um mezanino de madeira onde funcionava o setor administrativo. Um automóvel Gol e uma moto que também estavam dentro da empresa ficaram totalmente destruídos. As paredes do imóvel chegaram a “descascar” diante da intensidade das chamas.
Após conter o incêndio, trator foi usado para arrombar porta do depósito da empresa. |
Segundo coronel Rodrigues, diretor operacional do Corpo de Bombeiros, 25 integrantes da corporação atuaram no combate. Foram utilizadas quatro viaturas de combate a incêndio (inclusive a dotada de escada magirus) e outros três caminhões pipa da Brigada de Combate a Queimadas do município – formada através de convênio com o Governo do estado. Ele informou que mesmo antes de moradores acionarem o Bombeiros uma guarnição já chegava na empresa às 12h44, através de uma equipe que atuava próximo dali, e que avistou uma fumaça. As causas, segundo ele, serão apuradas pela Polícia Técnica da Polícia Civil.
O agente técnico da Defesa Civil, Saulo Barros, disse que o vento intenso naquele momento pode ter contribuído com a propagação das chamas. Ele não descarta a ocorrência de uma descarga elétrica. Tanto o coronel Rodrigues quanto Saulo enfatizaram o fato do telhado, em zinco, ter se derretido com o calor das chamas. Ambos ainda avaliaram o fato do acidente a cerca de 300 metros do local, quando um carro derrubou um poste de energia elétrica, o que poderia ter gerado uma descarga elétrica.
A funcionária de uma empresa ao lado da Digital Tecnologia, de nome Vanessa Melo, disse que por volta de meio-dia notou que saia fumaça por alguns pontos do prédio e derrepente ouviu vidros estourando. “Foi muito rápido. Em menos de cinco minutos o fogo tomou conta e se formou uma grande nuvem de fumaça preta” – contou. Ela imagina que o fogo se propagou rápido dentro da empresa, mas como todas portas e janelas estavam fechadas, ele só pode ter sido notado no estourar dos vidros, com a entrada de oxigênio”.
O taxista Wellington Luiz Martins disse que pode ver a fumaça negra do bairro Recanto dos Pássaros (distante cerca de 15 km) e imaginava que o fogo fosse em um grande supermercado próximo dali ou até mesmo no shopping. “Era muita fuma. Algo muito grande estaria queimando” – disse.
O semblante dos funcionários era desolador. Aldenízio Novaes, gerente financeiro, olhava para o prédio, observando um trator
Edivaldo (esq) e Aldenizio, gerentes da empresa, fornecem dados ao Bombeiro. |
retirando muito material totalmente queimado. Quando o trator puxava para fora um automóvel Gol ele se surpreendeu, lembrando que o carro naquele dia poderia ter ficado com um funcionário. Neste momento, outros colegas de trabalho lembraram que a moto da empresa também havia sido guardada no local. Aldenízio – que trabalha na empresa há 3 anos - não soube precisar o montante do prejuízo. Disse que o prédio passou por uma reforma geral no início do ano, como parte elétrica, pintura e equipamentos de combate a incêndio. “Temos técnico de segurança do trabalho, fazemos parte da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e os extintores atendiam as exigências. Ele foi o último a deixar e fechar a empresa, às 12h15.
Alessandro de Souza Rosa, gerente de tecnologia, olhava no horizonte e imaginava por onde recomeçar. Ele lembrou que o volume de material plástico, fibra, PVC e até papelão das embalagens propiciou a intensidade do fogo.
O proprietário da empresa, Ivan Cabral, encontra-se em São Paulo, onde reside. Ele foi informado do quadro. A reportagem não conseguiu contata-lo.
No final da tarde de sábado a área foi isolada pelos bombeiros. Grande parte do material queimado continuava dentro da empresa, mas muita coisa foi retirada e depositada na calçada, como o automóvel Gol e muito material queimado.
O automóvel Gol foi retirado de dentro da empresa puxado pelo trator. Uma moto não foi localizada. |
Edivaldo Vidotti, gerente comercial, impactado com o quadro, em meio a entulho e cinzas, disse que “na segunda-feira (hoje) vamos retomar as atividades. O proprietário já marcou uma reunião com os funcionários, quer saber como todos estão, e vamos dar continuidade no atendimento aos clientes”. Segundo ele são cerca de mil clientes entre Mato Grosso, Rondônia e Acre. (veja mais fotos abaixo)
Bombeiros vaculham parte interna da empresa. |
Móveis, divisórias e todos os equipamentos queimaram em pouco tempo. |
Gerentes, funcionários e bombeiro observam o que se sobrou dos computadores da empresa |
Mesmo após removidos pelo trator do interior da empresa, equipamentos voltam a pegar fogo, na área do estacionamento. |
Vista lateral da empresa após o fogo contido: telhado de zinco derreteu. |
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