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Economia
Segunda, 14 de abril de 2014, 21h59

Telexfree dos EUA pede recuperação judicial


A sede da Telexfree nos Estados Unidos e outras duas empresas do grupo fizeram pedidos de recuperação judicial neste fim de semana. Os responsáveis pelo grupo, investigado sob suspeita de ser uma pirâmide financeira no Brasil, não esclareceram se os pedidos afetarão o pagamento aos divulgadores, como são chamados os associados do negócio. Em vídeo, um diretor afirmou que não vai sumir.

"A Telexfree espera ter dinheiro suficiente para manter os negócios durante sua reorganização e dar continuidade aos serviços aos seus consumidores", informou o grupo, em nota à imprensa.

A Telexfree americana emergiu como alternativa para os divulgadores residentes no Brasil após o braço do negócio por aqui sofrer um bloqueio judicial em 2013. Nas últimas semanas, entretanto, associados têm enfrentado problemas para sacar os recursos aos quais acreditam ter direito, o que levou a uma invasão da sede da Telexfree nos EUA no último dia 1º.

As dificuldades começaram após o governo de Massachusetts, onde fica o quartel-general da Telexfree, confirmar investigações sobre os negócios.

Segundo a Corte do Distrito de Nevada, no último domingo (13) foram apresentados pedidos de recuperação da Telexfree, INC. – sede do negócio – da Telexfree, LLC. e da Telexfree Financial.

Nenhum dos pedidos foi avaliado pela Justiça até agora – as primeiras audiências iniciais estão marcadas para o mês que vem. Ainda assim, um dos diretores da empresa no Brasil saiu a público para afirmar que a “Telexfree Internacional” já está em recuperação judicial e tentar tranquilizar os divulgadores.

“A Telexfree aqui não tem pessoas que vão correr, pessoas que vão sumir. Não, ninguém está fazendo nada errado e a maior prova disso é a empresa ter conseguido a recuperação judicial nos Estados Unidos”, afirmou Carlos Costa, diretor da Telexfree no Brasil, em vídeo divulgado nesta segunda-feira (14).

Mais tarde, Costa volta atrás e afirma que “foi dada entrada na recuperção judicial.” O diretor culpou o bloqueio de recursos da Telexfree no Brasil, determinado em junho de 2013 pela 2ª Vara Cível no Acre, pelo pedido de recuperação nos EUA.

“Muito do dinheiro que está hoje bloqueado no Brasil pertence à Telexfree Internacional, e por aí vai.”

Procurado pelo iG, o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Telexfreee, Steve Labriola, evitou responder como os pedidos de recuperação vão afetar os pagamentos aos divulgadores. O assunto também não consta do comunicado aos divulgadores enviado por Labriola à reportagem.

Nesse documento, o novo presidente executivo da empresa, Stuart MacMill, diz que continua a acreditar no negócio.

"Nós acreditamos que este plano de restruturação, que vai incluir melhorias significativas nas nossas práticas de governança e controles interno, vai nos ajudar a construir fundamentos operacionais e financeiros mais fortes e sustentáveis para o futuro", diz o texto.

No Brasil, o pedido de recuperação da Ympactus Comercial – razão social da Telexfree – não foi aceito.

(IG)




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