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Economia
Quinta, 26 de novembro de 2015, 14h27

Com dólar mais caro, gastos de brasileiros no exterior caem 52,6% em outubro


Com a alta dólar, as despesas de brasileiros no exterior caíram 52,67% em outubro deste ano, em relação a igual mês de 2014. As despesas somaram US$ 1,002 bilhão em outubro, de acordo com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (26). Nos dez meses do ano, as despesas ficaram em US$ 15,141 bilhões, com retração de 30,21% em relação ao período de janeiro a outubro do ano passado.

As receitas de estrangeiros em viagem no Brasil ficaram em US$ 453 milhões, em outubro, e em US$ 4,786 bilhões, no acumulado de dez meses. Com esses resultados, o déficit na conta de viagens internacionais, formada por despesas de brasileiros no exterior e receitas de estrangeiros no Brasil, ficou em US$ 549 milhões, em outubro, e em US$ 10,355 bilhões, os menores resultados para os períodos, na série histórica inciada em 2010.

As viagens internacionais fazem parte da conta de serviços, que também tem dados de receitas e despesas com transportes, seguros, serviços financeiros, aluguel de equipamentos, entre outros. Segundo o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, os serviços são um dos itens da conta total de transações do Brasil com o exterior, que estão apresentando saldo negativo menor este ano. O déficit desse segmento em outubro ficou em US$ 2,799 bilhões, o menor para meses de outubro, na série histórica.

Esse saldo negativo menor das transações com o exterior é influenciado pela alta do dólar, o que torna mais favorável a venda de produtos e oferta de serviços de brasileiros no exterior e mais caro comprar de estrangeiros. De acordo com Rocha, o resultado das transações brasileiras com o exterior também é influenciada pela queda na atividade econômica.

Em outubro, o superávit comercial (exportações maiores que as importações) ficou em US$ 1,879 bilhão, contra o déficit de US$ 1,481 bilhão, registrado em igual mês de 2014. De janeiro a outubro deste ano, o superávit comercial ficou em US$ 10,705 bilhões, ante o saldo negativo de US$ 3,898 bilhões registrados em igual período de 2014.

Na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), o déficit ficou em US$ 3,523 bilhões, em outubro, e em US$ 34,142 bilhões, em dez meses. A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) apresentou resultado positivo, de US$ 277 milhões, no mês, e de US$ 2,047 bilhões, no resultado acumulado.

No total, as compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo, as chamadas transações correntes, ficou negativa em US$ 4,166 bilhões, em outubro, e acumulou US$ 53,474 bilhões, nos dez meses do ano. Esses resultados de 2015 são os menores da série histórica do BC.

Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior. O investimento direto no país (IDP), recursos que entram no Brasil e vão para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo. Tanto em outubro (US$ 6,712 bilhões), quando no acumulado de dez meses (US$ 54,923 bilhões), o IDP foi suficiente para cobrir o déficit em transações correntes. 

ABr




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