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Economia
Sexta, 24 de março de 2017, 13h44

Hong Kong decide retirar do mercado toda a carne importada do Brasil


As autoridades de Hong Kong decretaram o recolhimento de toda a carnes e derivados procedentes dos 21 frigoríficos brasileiros investigados na Operação Carne Fraca. A medida foi anunciada poucos dias depois de o governo local suspender a importação de carne brasileira sob suspeita.

Ao detalhar a decisão para jornalistas, o secretário para Alimentação e Saúde, Ko Wing-man, afirmou que as últimas informações fornecidas por autoridades brasileiras sugerem que “o risco à segurança alimentar não pode ser totalmente descartado”.

De acordo com Wing-man, técnicos do Centro de Segurança Alimentar identificaram mais uma fábrica nacional que importou produtos derivados da carne brasileira, além das cinco que já tinham sido identificadas.

O secretário não informou qual o volume de carne brasileira bovina, suína ou de frango, bem como de seus derivados, pode estar, hoje, à disposição dos consumidores e comerciantes de Hong Kong.

Quanto aos produtos embarcados com destino a Hong Kong antes do próprio governo brasileiro embargar as exportações dos 21 frigoríficos sob suspeita, o secretário disse que eles ficarão retidos na chegada ao porto até que as investigações sejam concluídas.

Wing-man também não precisou quanto tempo durará a suspensão, mas garantiu que a população será devidamente informada sobre todo o processo.

Considerado um dos maiores mercados para a carne brasileira, Hong Kong já tinha proibido, na terça-feira (21), a importação de carne brasileira congelada e refrigerada. Na ocasião, o próprio ministro da Agricultura, Blairo Maggi, incluiu o território semiautônomo chinês no grupo de compradores aos quais o governo brasileiro estava destinando mais atenção. “ China e Hong Kong são os dois pontos que estamos olhando com mais atenção, em permanente contato, respondendo a todas as questões”, disse Maggi. China, como Hong Kong, também já tinha anunciado a suspensão temporária das importações.

Até a noite desta quinta-feira (23), pelo menos 14 países, além da União Europeia, tinham suspendido temporária e integralmente a importação de carne brasileira e seus derivados depois que a deflagração da Operação Carne Fraca pela Polícia Federal (PF), na última sexta-feira (17), trouxe à tona suspeitas de irregularidades na produção e fiscalização do setor.

Onze países e territórios suspenderam temporária e integralmente a importação: Argélia, Bahamas, China, Chile, Egito, Hong Kong, Jamaica, México, Panamá, Qatar e Trinidad e Tobago. Três países suspenderam as importações apenas dos 21 frigoríficos investigados pela PF ou de parte deles: África do Sul, Japão e Suíça. A União Europeia também integra o bloco dos que optaram pela suspensão parcial, proibindo a entrada de produtos provenientes de quatro plantas industriais brasileiras onde eram processadas carne bovina, suína e de aves. 

ABr

Um dia antes, Maggi visitou frigorífico com jornalistas japoneses

Blairo Maggi (primeiro à direita) com jornalistas japoneses. Foto: Mapa


Ontem, o ministro da Agricultura Blairo Maggi esteve com equipes da imprensa chinesa em um frigorifico na cidade de Rio Verde (GO) unidade que processa aves e suinos e é um dos 21 investigados pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca.

“Não há problemas com a carne brasileira”, garantiu Blairo Maggi. O ministro tem se esforçado para fornecer a maior quantidade de informações à imprensa do país e do exterior e a autoridades dos países que importam carne brasileira, desde que foi anunciada a Operação Carne Fraca da Polícia Federal. "Agir com transparência, nessa hora, é o melhor que temos a fazer", disse o ministro, observando que essa é também uma determinação do presidente Michel Temer.

Além de determinar o auto embargo de frigoríficos apontados na operação, deixando de emitir certificados de exportação nesses casos, uma das iniciativas do ministro é esclarecer informações que foram truncadas. O auto embargo visa evitar que frigoríficos não mencionados também sejam prejudicados. Uma das explicações que Blairo Maggi tem reforçado é de que, está claro em áudios da PF, que o uso de papelão se referia a embalagens e não à utilização na produção, como chegou a ser veiculado.

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