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Economia
Sábado, 29 de abril de 2017, 14h38

Perda na aposentadoria de fiscais pode chegar até 30% com reforma da previdência


Os fiscais de tributos estaduais marcaram presença na mobilização da Greve Geral realizada nesta sexta-feira (28), na Praça Ipiranga, em Cuiabá. Os servidores participaram também da Assembleia Geral extraordinária para debater as reformas da Previdência e Trabalhista, que prejudicam a categoria que poderá perder até 30% dos rendimentos na aposentadoria.

 

O presidente do Sindicato dos Fiscais de Tributos Estaduais de Mato Grosso (Sindifisco), Ricardo Bertolini, pontuou que a reforma atende interesses financeiros e econômicos e será um atraso social com enormes prejuízos para os trabalhadores.

 

"Nossos representantes acabaram nos traindo e o Congresso hoje não representa a vontade popular. As reformas estão sendo realizadas pelo viés econômico e financeiro. O Congresso é composto, em sua grande maioria, por representantes do capital e são para eles que estão atuando. Em 1988 foi promulgada uma Constituição Federal cidadã que está sendo transformada numa constituição patronal", declarou.

 

São décadas de lutas e conquistas jogadas no lixo. Apesar de a reforma já ter sido aprovada na Câmara Federal, o presidente acredita que ainda é possível convencer a classe política a barrar as reformas. "Acreditamos que o poder emana do povo e com esta mobilização podemos reverter esta situação no Senado e até mesmo fazer o presidente recuar".

 

Bertolini ressalta ainda que as reformas irão prejudicar principalmente a população de baixa renda. Ele lembra ainda que aqueles que já atingiram os 35 anos de contribuição agora ainda terão de trabalhar mais de 10 anos para chegar na idade da aposentadoria. Isto gera ainda mais desgaste físico e prejudica a saúde do trabalhador.

 

O fiscal de tributo Antônio de Souza Moreira participou da Greve Geral e ressaltou a importância da mobilização por ser uma forma de fazer o trabalhador ser ouvido. Quanto às perdas da categoria, ele destaca, principalmente, a reforma da previdência como vilã dos servidores. O direito da paridade e integralidade será tirada da lei.

 

"Agora com esta mudança o fiscal terá de trabalhar até os 62 anos para esta paridade e será apenas para os que ingressaram no serviço público até 2003. A perda pode chegar até 30% dos rendimentos na hora de aposentar", analisou.

 




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