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Economia
Terça, 20 de dezembro de 2011, 09h52

Projeto beneficia agricultores do entorno da Hidrelétrica de Jirau


A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, e a Embrapa Rondônia acabam de lançar o projeto “Feijão com Arroz”, visando proporcionar suporte tecnológico para o cultivo de arroz, feijão e outras culturas alimentares na área de abrangência do reservatório da Usina, assim como a produção de fruteiras irrigadas. O convênio, no valor de R$ 4,5 milhões, foi assinado nesta sexta-feira, 16, no auditório da Embrapa Rondônia, em Porto Velho, pelo diretor institucional da ESBR, Jose Lucio de Arruda Gomes e pelo chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Rondônia, Victor Ferreira de Souza.

Uma das finalidades do projeto, que será desenvolvido no período de cinco anos, é avaliar o potencial de utilização agrícola e a viabilidade econômica de exploração da área deplecionável do reservatório da usina, onde o nível de água varia de acordo com os períodos de cheia e seca do Rio Madeira, para a produção de culturas alimentares de ciclo curto.

De acordo com Jose Lucio, a parceria entre as duas empresas é uma oportunidade de colaborar com as comunidades ribeirinhas visando o desenvolvimento de tecnologias para melhorar a renda, aumentar as oportunidades de trabalho e garantir a segurança alimentar delas. “Esse trabalho em conjunto com a Embrapa é gratificante porque a empresa é referência nacional e internacional na área de pesquisa agropecuária e, graças ao seu trabalho, o Brasil é hoje uma grande potência mundial na produção de alimentos”, destacou.

Segundo o chefe de Pesquisa da Embrapa Rondônia, Victor de Souza, o projeto deve ser iniciado em março de 2012 com as atividades de fruticultura irrigada, na área de terras altas. Nesse local, serão desenvolvidos sistemas de produção com as culturas de abacaxi, mamão, banana, maracujá e açaí. “Já na área deplecionável, as atividades de pesquisa serão realizadas no período de julho a dezembro, com arroz, feijão, caupi (feijão de corda) e outras culturas alimentares”, explica.

Ele diz ainda que, apesar de apresentar grande potencial, Rondônia não tem alcançado a produção desejada de frutas tropicais. No caso da banana, por exemplo, na última década, o Estado passou de exportador a importador do produto. Com o projeto pretende-se viabilizar a produção de cultivares tradicionais de banana (Maçã, Prata e Comprida) que são as preferidas pelos consumidores locais.

No que se refere às pesquisas com mandioca, considerada uma cultura de grande importância social em Rondônia, a expectativa é gerar tecnologias visando dobrar a baixa produtividade que hoje é de 17 toneladas por hectare. “Além disso, entre os impactos esperados estão a melhoria da qualidade da mandioca de mesa e a usada para a produção de farinha”, diz o chefe de Pesquisa da Embrapa Rondônia.

Com base nas atividades de pesquisa no entorno da UHE Jirau, será realizada a divulgação dos resultados obtidos, assim como a transferência das tecnologias geradas e ou adaptadas para agricultores, técnicos e universitários, por meio de dias de campo, seminários, cursos e publicações técnicas.

Usina

Vistorias técnicas realizadas até o momento por técnicos da ESBR e empresas contratadas apontam que, dos 13 mil hectares de área de margem do reservatório que irão deplecionar periodicamente por necessidades operacionais da Usina, cerca de seis mil hectares podem apresentar potencial agrícola e econômico para o cultivo com lavouras alimentares.

A Usina Hidrelétrica Jirau vai operar na cota máxima de 90 metros no período de cheia do Rio Madeira, sendo que na época de estiagem, que se estende pelos meses de julho a novembro, o nível da água deverá variar entre 82,5 e 85 metros. O trecho com potencial de uso para agricultura, que se forma nesse período, fica à margem direita do rio Madeira e vai do eixo da barragem, na Ilha do Padre, até as proximidades da antiga sede do distrito de Mutum Paraná. Isso porque as bordas inundáveis ocorrem somente nesse trecho. Acima de Mutum Paraná, o rio mantém praticamente o seu percurso natural durante o período de cheia e estiagem, não formando várzeas laterais que possam ser utilizadas para a agricultura

A construção da hidrelétrica faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e vai fornecer energia elétrica suficiente para abastecer mais de 10 milhões de residência ao mesmo tem. A hidrelétrica está sendo construída na Ilha do Padre, a cerca de 120 quilômetros - medidos ao longo do Rio Madeira - da cidade de Porto Velho, capital do estado de Rondônia. 




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