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Pesquisa/Tecnologia
Terça, 06 de maio de 2014, 13h56

4G durante a Copa é 'jogada de marketing', dizem especialistas


Alardeada pelos organizadores e as operadoras como o grande diferencial de telecomunicações da Copa do Mundo, a utilização do 4G, (quarta geração de tecnologia de acesso à internet móvel) durante o Mundial é muito mais uma jogada de marketing do que uma possibilidade real, dizem especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

Embora seja de fato uma tecnologia moderna e rápida, que aumenta em mais de dez vezes a velocidade do acesso à internet em smartphones e tablets, o 4G ainda não é difundido no Brasil – estando disponível em apenas 105 municípios, cobrindo 37,2% da população, contra 3.598 cidades atendidas pelo 3G, o que equivale a 90,8% dos brasileiros.

Os dados são de fevereiro deste ano, da consultoria Teleco – compilados a partir dos informes regulares da Anatel.

Além disso, os aparelhos ainda são muito caros e poucos países utilizam a mesma frequência que o Brasil adota no momento, a de 2,5 GHz.

"Foi mais uma jogada de marketing mesmo, em que se quis apresentar o Brasil como um país moderno. Para as operadoras é um momento ímpar, ter os olhos do mundo todo voltados para cá, e dos brasileiros também, claro", diz Eduardo Tude, engenheiro de telecomunicações e presidente da consultoria Teleco.
Quanto ao legado, ele diz que também é irreal achar que a Copa tinha o potencial para melhorar a tecnologia 4G, já que se trata de uma novidade mundial, e que já se consolidou, de fato, em apenas três países: Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.

"Na Europa a maioria dos países ainda está em fase de implantação semelhante à nossa. Ainda são poucos aparelhos habilitados e os telefones capazes de operar ainda são caros", acrescenta.

João Moura, presidente da TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitiva), que reúne 50 empresas do setor, concorda.

"Não é exagero se falar em jogada de marketing. Tem a ver sim. Mesmo nos países desenvolvidos ainda não é uma regra, e sim a exceção. Então realmente é uma boa oportunidade de marketing para a indústria como um todo. Um lançamento, um momento único para os fabricantes, as operadoras, os primeiros usuários, ou first adopters", explica.

Ele diz que, de fato, se as redes 4G funcionarem perfeitamente, quem estiver com um celular habilitado a essa tecnologia deve se sentir como um passageiro de primeira classe.

"Pode-se dizer que nos estádios vai ser como uma primeira classe e a econômica. Quem estiver com um celular 4G terá conforto, rapidez, e quem estiver usando a rede 3G vai ficar num aperto, na classe econômica superlotada. Os dois devem chegar no mesmo destino? Sim, mas em situações muito diferentes", diz.

(BOL)




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