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Pesquisa/Tecnologia
Quarta, 11 de novembro de 2015, 18h42

Serpens está pronto para iniciar missão espacial


Nanossatélite completou etapa de testes e calibração de seus instrumentos nesta quarta-feira (11). Experimentos no espaço vão começar nos próximos dias.

O satélite nacional de pequeno porte Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites (Serpens) completa nesta quarta-feira (11) 55 dias em órbita. Desde que foi lançado da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), em setembro último, o equipamento esteve em fase de testes e calibração de seus diversos instrumentos.

Durante esse período, as equipes envolvidas no projeto avaliaram a saúde dos sistemas e concluíram que o Serpens está apto a iniciar sua missão de coleta de dados.

Na semana passada, pela primeira vez, foi ligada a carga útil de coleta de dados para que o satélite capte informações que são emitidas por sensores controlados pela Universidade de Brasília (UnB) e pela Universidade de Vigo, na Espanha.

Nos próximos dias, o nanossatélite inicia sua operação nominal, habilitando diversos experimentos de coleta de dados, que poderão ser explorados pelas instituições de nível superior ou outros grupos interessados. Nessa fase, o equipamento passa a coletar dados ambientais de plataformas instaladas em diversos países, incluindo o Brasil, com sistemas compatíveis aos do Serpens.

Com o principal objetivo de prover experiências práticas aos estudantes envolvidos no projeto, o satélite embarcou sistemas em redundância, ou seja, para cada subsistema necessário à missão de coleta de dados, o Serpens levou ao espaço uma versão de segurança e uma versão experimental.

Nos sistemas com arquitetura experimental, foram usados componentes chamados "de prateleira" (ou COTS, do inglês: Custom Of The Shelf), que são itens comerciais que não são produzidos especificamente para operação no espaço, mas que são facilmente acessíveis a estudantes e comuns nas bancadas de laboratório das universidades. Nos subsistemas com arquitetura de segurança, foram utilizados componentes específicos para o espaço ou que já haviam sido testados com sucesso em órbita.

Essas redundâncias deram mais liberdades aos estudantes para construírem subsistemas experimentais, produzirem softwares ou testar designs nunca utilizados no espaço, pois a missão de coleta de dados estaria garantida mesmo com a perda de sinal ou falha de algum sistema experimental.

Suporte

Com o satélite no espaço, a equipe do projeto recebe apoio de diversos grupos no Brasil e no exterior para o rastreio e recepção de sinais. Transmitindo telemetria nas bandas de rádio amadorismo, o satélite pode ser rastreado por rádio amadores.
Sequência

O Serpens é o terceiro CubeSat nacional a ser colocado no espaço. O primeiro foi o NanosatC-Br1, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e o segundo foi o Aesp-14, produzido pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ambos em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI).

Essa primeira missão do projeto Serpens é coordenada pela UnB, mas a proposta é que as instituições que formam o consórcio se revezem na liderança. Pelo cronograma aprovado, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é responsável por encabeçar o desenvolvimento do Serpens 2. 




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