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Pesquisa/Tecnologia
Sexta, 10 de junho de 2016, 17h12

TJMT investe em tecnologia para aprimorar PJe


Com o propósito de alcançar as condições ideais para a implantação e funcionamento do PJe nas 79 comarcas do Estado e garantir maior disponibilidade e desempenho do sistema, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) está realizando uma série de investimentos nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Infraestrutura.

Para garantir o funcionamento da plataforma, mais de R$ 25 milhões já foram investidos em ferramentas de tecnologia de ponta, desde fevereiro de 2015. Até o final da atual gestão, esse montante deverá alcançar a cifra dos R$ 40 milhões, conforme o diretor de Conectividade da Coordenadoria de Tecnologia da Informação do TJMT, Francisco Marcílio.

“A Administração do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso não tem medido esforços para viabilizar uma estrutura tecnológica que garanta a disponibilidade e desempenho do Processo Judicial Eletrônico em todo o Estado. Para isso, a área de tecnologia promoveu uma série de ações, dentre as quais merecem destaque a revisão do contrato de fornecimento de banda larga de internet com a operadora OI, a otimização dos links entre as comarcas e o Tribunal de Justiça e a troca os switches antigos para melhorar o tráfego de dados no ambiente interno das Comarcas”.

Conexão da OI – Segundo Francisco, é notória a dificuldade que alguns municípios do interior têm com relação à qualidade e estabilidade da conexão com a internet. Preocupados com este quadro, o primeiro passo da equipe de TIC na atual gestão foi revisar o contrato de fornecimento de banda larga de internet da operadora Oi com o TJMT.

“Em reunião com a diretoria executiva da OI, que contou com a participação do Desembargador Paulo da Cunha, nos posicionamos como um grande parceiro de negócios da empresa e exigimos a melhoria dos serviços corporativos disponibilizados ao Poder Judiciário. Como resultado, obtivemos uma melhoria significativa na qualidade e capacidade dos links de internet das principais Comarcas do Estado. No entanto, a operadora possui limitações estruturais para fornecer links de alto desempenho em determinadas regiões do Estado, tendo em vista as longas distâncias entre as cidades. Justamente por isso, foi preciso explorar outras tecnologias”.

Riverbed – A alternativa citada pelo diretor chama-se otimização de rede WAN, realizada por meio do equipamento chamado Riverbed. A ferramenta utiliza uma série de protocolos para aumentar o desempenho da transmissão de dados na rede corporativa do PJMT, permitindo o tráfego de dados de longa distância de forma rápida.

O Gerente de Redes do TJMT, Rodolfo Barbosa de Siqueira, explica que desde o início da gestão o departamento tem aprimorado o uso da tecnologia para otimizar a conexão entre as comarcas e o Tribunal de Justiça, os chamados links. Cada link funciona como um canal que leva e traz dados dos sistemas judiciais entre o TJ e as comarcas. Quando o volume de dados trocados é grande, o fluxo acaba se tornando lento. É exatamente aí que o Riverbed atua, analisando e compactando as informações trocadas, de forma que não seja preciso enviar dados que a outra ponta já possui.

“A ferramenta poupa o fluxo e libera capacidade de comunicação ao selecionar para o envio somente dados que as comarcas ou o TJ não possuam. Hoje, o Riverbed já está em funcionamento em 33 comarcas. Nosso objetivo é levar a ferramenta para todas as unidades judiciárias onde o PJe foi implantado e, na sequência, para todas as demais comarcas do Estado. Com isso, esperamos que a velocidade de navegação da maioria das comarcas seja semelhante a 8mb. E embora não consigamos essa velocidade por meio da operadora, com a otimização do tráfego de rede conseguimos oferecer aos usuários uma experiência aprimorada” explica Siqueira.

O diretor de Conectividade, Francisco Marcilio, ressalta que o Riverbed acelera o tráfego de dados entre as comarcas e o Tribunal de Justiça em 70%, em média. “Quem vai sentir essa mudança serão os servidores e magistrados que trabalham nas comarcas com os sistemas judiciais. Eles vão enxergar a melhoria na navegabilidade e na velocidade do PJe e de outros sistemas”.

Hoje, na Comarca de Sorriso, por exemplo, trafegavam diariamente pelo link da comarca 10,5gb de dados. Com a implantação do Riverbed, este tráfego diminuiu em 87%, liberando margem para a utilização de novos aplicativos, em especial para o PJe. Já na Comarca de Rondonópolis, a tecnologia melhorou a performance dos sistemas ao reduzir em 80% o tráfego de dados nos links da comarca. Onde antes trafegavam diariamente cerca de 11gb, hoje transitam 2.2gb.

“Nossa meta é que, dentro de dois meses, todas as comarcas onde o PJe será instalado já experimentem a melhoria na qualidade de seus links com a adequada configuração do equipamento Riverbed. Estamos constantemente buscando novas formas de melhorar o uso do Processo Judicial Eletrônico e dos demais sistemas judiciais”, garante Marcilio.

Switchs – Outro investimento feito pelo TJMT foi a compra de 400 switches para serem instalados nas comarcas. O switch é um equipamento que interliga os computadores em uma rede, facilitando o tráfego de dados. Esses equipamentos aumentam a capacidade e o desempenho da rede, já que a comunicação está sempre disponível, diminuindo a ocorrência de erros.

Datacenters – Recentemente, a Coordenadoria de Tecnologia da Informação implementou um novo modelo de balanceamento de carga para os servidores de aplicação dedicados ao sistema PJe, triplicando sua capacidade de trabalho. Até a primeira quinzena deste mês, o sistema funcionava em um único servidor de aplicação e outro de banco de dados. Com a ampliação, o sistema passou a contar com três servidores de aplicação e mais três de banco de dados. Com os servidores trabalhando paralelamente, mesmo que haja falha em um deles, os demais absorvem sua carga e as atividades continuam a ser processadas normalmente. A nova estrutura também garante a integridade dos dados processuais e contribui para a alta disponibilidade do serviço.

Infraestrutura – Orientada pela Consultoria Falconi a participar ativamente do processo de implantação do Processo Judicial Eletrônico, o Coordenadoria de Infraestrutura também tem desenvolvido um trabalho essencial à operacionalização do novo sistema. Conforme Angela Nogueira, Coordenadora de Infraestrutura, a setor está se empenhando por intermédio de duas frentes: o Departamento de Obras e o Departamento de Manutenção.

Obras – A coordenadora explica que o Departamento de Obras fica a cargo das grandes reformas e novas obras. “Em Sinop, por exemplo, o transformador está precisando ser trocado para aumentar o potencial elétrico do prédio do fórum. Já nas comarcas de Barra do Bugres, Canarana e Itiquira estão sendo construídos novos prédios. A partir de agora, todas as obras serão feitas com a estrutura física necessária para o recebimento do PJe desde o projeto básico. A ideia é pensar quais serão as necessidades das comarcas daqui a 10 ou 20 anos”, frisou.

Manutenção – Quanto ao Departamento de Manutenção, ela destaca que é desenvolvido um trabalho mais imediato. “De dezembro a janeiro foi feito um levantamento em 13 comarcas onde estavam previstas a implantação do Processo Judicial Eletrônico. O chefe de divisão de manutenção, duas pessoas da equipe de manutenção que têm conhecimentos sobre cabeamento estruturado e instalações elétricas e um representante da Coordenadoria de TI realizaram visitas às comarcas incluídas no plano de implantação do PJe. Lá, eles fizeram uma manutenção corretiva e preventiva, como trocar disjuntores, passar fiação, fechar vazamentos, entre outros. A ideia é fazer um atendimento preventivo nas comarcas para proporcionar o mínimo de tranquilidade para os servidores e magistrados antes da chegada do novo sistema”.

Os gestores-gerais das comarcas que já receberam ou que irão receber a ferramenta têm ficado satisfeitos com as visitas. Eliane Ruff Rebelatto, gestora-geral da Comarca de Água Boa, ressalta a importância deste trabalho da Infraestrutura e da TI. “Receber esse apoio da equipe técnica do Tribunal é muito bom, pois dá tranquilidade para os servidores trabalharem. Sem falar que além de ficarmos distantes da Capital, não temos conhecimento técnico para explicar detalhadamente as necessidades da Comarca. Durante a visita eles viram toda a parte elétrica, arrumaram disjuntores, trocaram switches, fizeram a manutenção das redes, entre outros. Faltam ainda alguns ajustes, mas eles vão encaminhar uma empresa especializada para fazer os últimos reparos”, diz Eliane.

Racks – Em ação conjunta, a Coordenadoria de Infraestrutura e a TI também adquiriram quatro novos racks para atender a administração interna. O rack funciona como uma espécie de “armário” que acomoda e organiza os principais switches da rede corporativa do PJMT, ligados diretamente aos datacenters e responsáveis por receber todo o tráfego de dados tanto do TJMT como das Comarcas.

Gerador – Além dos racks, um segundo grupo gerador redundante foi adquirido e instalado para suportar os serviços do datacenter localizado no TJMT. De acordo com Marcilio, os geradores garantem a disponibilidade dos sistemas judiciais caso ocorra uma falha no fornecimento de energia.

PJe - Desenvolvido pelo CNJ, o PJe permite que o usuário realize toda a tramitação do processo dentro da plataforma, a qualquer hora e de qualquer local. A meta da administração é implantar o sistema em 51% das comarcas até o final de 2016. 




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