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Pesquisa/Tecnologia
Quarta, 07 de setembro de 2016, 10h07

Cientistas criam laser feito com sangue humano


Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Michigan desenvolveu um laser de observação médica que tem no sangue humano um de seus principais componentes. O dispositivo permite que médicos e cientistas observem as estruturas de células e as mudanças no sangue em um nível molecular.

O dispositivo é composto por uma fonte de luz e uma cavidade preenchida com sangue humano misturado a um corante fluorescente. Esse corante, chamado de ICG (Indocyane Green, em inglês), se liga a proteínas no plasma sanguíneo e começa a brilhar, segundo o artigo publicado na Optical Society of America.

Quando a luz passa pela solução de sangue e corante, ela se torna muito mais brilhante nos locais em que o corante se liga ao plasma sanguíneo. Isso permite que processos moleculares das células sejam observados com mais detalhe. Segundo o Gizmodo, esse método pode, no futuro, facilitar a detecção de tumores.

Além disso, ao regular a intensidade da fonte de luz, os cientistas podem observar aspectos diferentes desses processos. De acordo com o Engadget, amplificar a luz faz com que pequenas mudanças em atividades celulares se tornem mais evidentes; filtrar a luz, por outro lado, faz com que apenas processos mais intensos apareçam.

Biolasers

Por mais estranha que essa criação pareça, ela não representa a primeira vez em que material biológico é usado para criar um laser. Conforme o Mental Floss aponta, o interesse de pesquisadores pela possibilidade de se criar um laser com tecidos biológicos já tem algum tempo: o primeiro deles foi criado em 2011 por pesquisadores da Harvard, que usaram proteínas de água-viva e células ativas de rins.

Xudong Fan, o próprio autor do artigo que descreve o laser feito com sangue humano, já havia realizado outras pesquisas nessa área. Em 2013, ele estudou o uso de gelatina como um meio de propagação da luz, e no começo desse ano descreveu uma maneira de se fazer lasers usando a clorofila de plantas.

Como o corante ICG se acumula em áreas do corpo com muitos vasos sanguíneos ao ser injetado em um paciente, essas áreas brilhariam de maneira muito mais intensa ao ser expostas a luz. Tumores são exemplos de regiões com muitos vasos, e por isso o método poderia facilitar sua detecção.

No futuro, segundo a New Scientist, Xudong Fan pretende testar o método em tecido animal, para verificar se seria de fato possível usar essa técnica para encontrar acúmulos de células cancerígenas. Seria necessário, contudo, garantir que a intensidade do laser não seja suficiente para queimar o tecido humano ao qual ele é aplicado. 

Olhar Digital




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