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Pesquisa/Tecnologia
Sexta, 10 de março de 2017, 08h02

Cientistas da IBM conseguem transformar um átomo em disco rídigo


Pesquisadores da IBM publicaram nesta semana uma descoberta que oferece um empolgante vislumbre do futuro da computação. O estudo descreve uma técnica que permite armazenar e ler bits de informação a partir de um único átomo.

Como você deve saber (a menos que tenha perdido as aulas de ciências do ensino fundamental), átomos são a menor unidade de matéria que podemos manipular de forma confiável. Menor do que isso apenas partículas quânticas, que ainda não são tão facilmente manipuláveis e são objeto de estudo de outro campo da computação, esse ainda longe de resultados práticos.

O que os pesquisadores da IBM fizeram foi posicionar um átomo de hólmio sobre uma superfície de óxido de magnésio. Nessa configuração, é possível manter os pólos magnéticos dos átomos estáveis, mesmo próximos a outros elementos magnéticos.

Aplicando pequenas descargas elétricas com uma agulha microscópica, é possível inverter a orientação desses pólos, realizando a escrita dos dados. Para ler a informação armazenada, se 0 ou 1, o disco rígido mede a corrente magnética no átomo para determinar qual pólo está "para cima".

Em outras palavras, esse é basicamente o mesmo sistema de leitura e escrita de um HD moderno. Grosso modo, os eletroímãs na chamada "cabeça de leitura" dos HDs que usamos nos nossos PCs trocam descargas elétricas com o disco rígido e interpretam os pólos positivos ou negativos como sendo 0 ou 1.

Graças a essa técnica, a IBM conseguiu armazenar um bit dentro de um átomo. Um HD comum hoje precisa de 100 mil átomos para armazenar o mesmo valor. Segundo a empresa, essa técnica pode, em tese, permitir a fabricação de HDs do tamanho de um cartão de crédito capazes de armazenar 35 milhões de músicas, ou todo o catálogo do iTunes.

A ideia de um "disco rígido atômico" abre diversas possibilidades, especialmente a de HDs menores e mais densos capazes de armazenar quantidades absurdas de dados. Por enquanto, porém, a técnica requer o uso de uma máquina criada pela IBM chamada STM, um microscópio eletrônico refrigerado a nitrogênio líquido e que só opera no vácuo.

Ou seja, o processo todo de leitura e escrita é lento, caro e basicamente impraticável para as necessidades que temos hoje. O estudo da IBM pelo menos prova que a ideia de HDs atômicos não é pura ficção científica, e ainda tem muito potencial para ser desenvolvida e empregada no mundo real. 

Olhar Digital




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