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Pesquisa/Tecnologia
Quinta, 28 de fevereiro de 2019, 03h31

Vídeos do aplicativo para crianças do YouTube trazem instruções sobre como cometer suicídio


A rede social de vídeos do Google, YouTube, anúncio em janeiro uma adequação de seu algoritmo de recomendação para evitar a indicação de vídeos com conteúdo inadequado, como as teorias de conspiração e falsas informações. Mas nada mudou desde então. No mais recente escândalo, há evidências de vídeos de conteúdo infantil com inserções de instruções para a prática de suicídio. Alguns deles estavam dentro do aplicativo YouTube Kids, desenvolvido pelo Google para dar acesso às crianças a conteúdo adequado a idade delas mesmo sem a supervisão direta dos seus responsáveis.

A denúncia é de pediatras, que também são pais e mães que administram o blog pedimom.com, segundo relato do jornal The Washington Post. Em um dos casos, inserida no conteúdo original de um desenho animado, há uma gravação na qual um homem dá instruções sobre como cortar os pulsos. Em determinado momento, ele ressalta às crianças que cortes longitudinais são mais eficazes. O vídeo, assim como outros, foi retirado do YouTube. No entanto, os pediatras ouvidos pelo jornal norte-americano já constataram mais de uma vez que alguns deles retornam após serem banidos.

“Nossos filhos estão enfrentando um mundo totalmente novo com mídias sociais e acesso à internet. Isso está mudando a maneira como eles estão crescendo e a maneira como eles estão se desenvolvendo. Vídeos como esse colocam as crianças em risco”, a pediatra e também mãe Free Hess, do blog pedimom.com. À CNN, a pediatra ressaltou: "Vejo cada vez mais crianças envolvidas em casos com automutilação e tentativas de suicídio. Não duvido que a mídia social e coisas como essa estejam contribuindo para isso."

Hess contou que há ainda vídeos com conteúdo de exploração e abuso sexual, tráfico de pessoas, violência armada e violência doméstica. Um deles, inspirado no popular videogame Minecraft, retratou até mesmo um tiroteio na escola. "Havia tantos [vídeos] que eu tive que parar de gravar", disse ela.

Em comunicado, o YouTube afirmou que trabalha para garantir que “não seja usado para incentivar comportamentos perigosos” e que tem políticas rígidas que “proíbem vídeos que promovem o autoflagelo”. A companhia disse ainda que está constantemente analisando vídeos marcados pelos usuários como inadequados e removendo os conteúdos impróprios.

ANJ




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