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Pesquisa/Tecnologia
Domingo, 30 de maio de 2021, 15h37

Salmão de cativeiro pode ter espalhado vírus mortal para peixes selvagens


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O salmão criado em cativeiro pode estar causando problemas também para os peixes selvagens da mesma espécies por conta de um vírus infeccioso. Conhecido como o Piscine orthoreovirus-1 (PRV-1), o patógeno pode levar os animais à morte após causar uma inflamação no coração.

De acordo com uma pesquisa publicada na Science Advances, nesta quarta-feira (26), a doença que se tornou comum em salmões selvagens do Oceano Pacífico começou a circular durante o fim da década de 1980 em cativeiros no Atlântico.

Salmão e o vírus PRV-1
O estudo começou tentando identificar o motivo que estava levando a uma diminuição de membros espécie de salmão Chinook, foi então que a relação com o vírus surgiu. O PRV-1 causou um tipo de anemia que faz com que os glóbulos vermelhos dos peixes explodam em suas barrigas. Segundo os pesquisadores, os danos muitas vezes são fatais.

Fazendas de salmão no Atlântico teriam tido o primeiro surto e espalhado do vírus para peixes selvagens. Para descobrir a origem e evolução da doença, os cientistas sequenciaram o vírus. “Sequenciamos os genomas de vírus que infectam 86 peixes diferentes em BC [Colúmbia Britânica, no Canadá] e os combinamos com sequências publicadas anteriormente para conduzir nossa análise”, explicou Gideon Mordecai, o principal autor do estudo e professor da Universidade de British Columbia.

“Fizemos isso em escalas diferentes, para rastrear a transmissão entre oceanos, mas também mais localmente, entre diferentes populações de salmão na costa da Colúmbia Britânica”, completou o especialista.

As pesquisas encontraram uma nova variante do PRV-1 afetando salmões da espécie de Chinook, a linhagem é a mesma dos cativeiros no Oceano Atlântico. A disseminação teria ocorrido em 1989. Hoje em dia, o vírus está em proliferação desenfreada em fazendas de salmão no Atlântico.

“Nosso estudo destaca a necessidade de uma regulamentação robusta da aquicultura que pode prevenir perdas futuras em populações selvagens, que propomos pode ser exacerbada pelo PRV-1 e outras doenças infecciosas emergentes”, completa. O vírus é transmitido pelo cocô dos peixes, que se espalham pela água e acabam engolidos pelas guelras.

OlharDigital  




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