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Pesquisa/Tecnologia
Quinta, 09 de setembro de 2021, 01h47

Pesquisadores estudam uso de árvore nativa no controle de colesterol e diabetes


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Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estudou compostos bioativos da árvore conhecida como Cedro (Cedrela odorata) para o controle do colesterol e diabetes. Coordenados pela dra. Mayara Peron Pereira, os pesquisadores tiveram resultados promissores no uso de compostos para o tratamento de excesso de gordura no sangue.

O denominado “Estudo químico-farmacológico dos polifenóis da Cedrela odorata sobre a síntese hepática de ácidos graxos” é desenvolvido no campus de Cuiabá da UFMT e é fomentado pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

A coordenadora da pesquisa, Mayara Peron, lembra que o cedro já é utilizado de forma empírica pela população de Mato Grosso e esse estudo pode corroborar par o uso seguro e eficaz da espécie. Além disso, o trabalho aumenta o conhecimento sobre o uso sustentável da região amazônica e do Cerrado. “Esse trabalho visa fomentar a pesquisa multidisciplinar entre os bolsistas e demais participantes do projeto, estimular a participação de meninas e mulheres na pesquisa na área da Química”, afirma a pesquisadora.

Mayara Peron

Estudos anteriores com a entrecasca da espécie demonstraram a presença de polifenóis como ácido gálico, galocatequina e catequina. Os polifenóis possuem diversos efeitos biológicos, como modulação da atividades de enzimas, efeito antibiótico, antialérgico e anti-inflamatório.

No estudo, esses compostos se mostraram promissores na redução de lipídeos no sangue de animais induzidos a esta situação, além de ter demonstrado atividade anti-hiperglicêmica, ou seja, foi capaz de impedir o aumento da concentração de açúcar no sangue. Os níveis elevados de gordura no sangue, ou dislipidemia, podem levar a obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo, ocasionado doenças cardiovasculares, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Cerca de 25% dos fármacos comercialmente vendidos são oriundos de produtos naturais. Os estudos científicos vêm relacionando a composição química de plantas medicinais com seus efeitos biológicos, a fim de confirmar ou não a indicação do seu uso.

Todo o processo de descoberta e desenvolvimento de um novo fármaco, se inicia na fase pré-clínica, com a identificação de compostos químicos que possam intervir na função fisiológica ou patológica, causando um efeito terapêutico adequado. A fase pré-clínica deste estudo, envolve a área da Química Medicinal, com aspectos da Química e das Ciências Biológicas, Médicas e Farmacêuticas.




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