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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara reúne-se nesta quinta-feira (24) para ouvir as testemunhas indicadas pela defesa no processo contra o deputado André Vargas (PT-PR).
No dia 25 de abril, o deputado André Vargas anunciou que estava se desfiliando da legenda pela qual militou por 24 anos. No entanto, até hoje, nem ele nem o partido comunicaram oficialmente à Câmara a desfiliação.
André Vargas é investigado por supostamente ter atuado em favor do laboratório, que pretendia fechar um contrato com o Ministério da Saúde para fornecimento de remédios. A empresa seria um laboratório de fachada do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na operação Lava Jato, de combate à lavagem de dinheiro. O deputado nega as acusações.
O Conselho de Ética não tem o poder de convocar testemunhas, mas apenas convidá-las, o que dá margem a adiamentos e recusa de convites.
A intenção do relator, deputado Júlio Delgado (PSB-MG) é apresentar seu parecer na semana de esforço concentrado prevista para agosto.
Defesa de Argôlo
Também na quinta, o Conselho de Ética definirá procedimentos administrativos das representações contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA). O parlamentar é alvo de duas representações, uma proposta pelo Psol e outra pela Mesa Diretora da Casa, a partir de pedido de investigação do PPS.
Segundo o relator do caso Argôlo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que irá analisar a defesa, os dois processos serão unificados. Assim como André Vargas, o deputado baiano é suspeito de envolvimento com o doleiro Youssef.
O prazo para as investigações deste caso, inclusive o depoimento de testemunhas (do relator e da defesa), termina em 19 de agosto. O processo deve ser concluído em 24 de setembro para ser levado à votação no Conselho.
A reunião do Conselho de Ética será realizada no plenário 14, a partir das 11 horas.
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