Bate-boca e agressão na Câmara de Alto Garças acaba na Delegacia de Polícia

Da Redação

Foi parar na Delegacia de Polícia e no pronto atendimento médico da cidade o desfecho de um bate-boca e agressão na última sessão da Câmara de Vereadores de Alto Garças. O vereador Marcos do Lava-Jato (DEM) registrou boletim de ocorrência contra o também vereador Fabio Agulhão (PR).

O problema teve início quando Marcos do Lava Jato defendia um contribuinte que teve seu imóvel tomado pela prefeitura por conta de atrasos no IPTU. Ele também denunciava problemas da administração do prefeito Cezalpino Mendes Teixeira “Júnior do Pitucha” que enviou para a Câmara projeto para aprovação de liberação de recursos, lembrando que recentemente faltava até Thylenol nos postos de saúde e agora também não tem copos descartáveis. Questionou ainda da falta de cumprimento do reajuste dos salários dos professores municipais, que permaneceram em greve por quase um mês.

Como forma de defesa, Fabio Agulhão, que representa a bancada do prefeito Pitucha, fez acusações a Marcos de saquear cargas à beira da rodovia. Marcos justificou que Fabio precisa se informar melhor pois o serviço que sempre fez foi colaborar com a PRF em desobstruir a pista quando há tombamento de carga de soja e faz a limpeza das margens das pistas. Indignado Marcos denunciou que Fábio locava ônibus velhos e caminhões ‘caindo aos pedaços’ para o transporte escolar e de aterro na anterior gestão de Pitucha (2005/2008) custando quase R$ 90 mil por ano. Diante do clima houve intervenções para se acalmar os ânimos.

Entretanto, na saída da Câmara Fabio fez ameaças a Marcos, dizendo que ele deveria “ficar esperto pois não o conhecia”. Ato contínuo Fabio torceu o dedo de Marcos e vereadores intercederam para se evitar uma luta corporal.

Hospital e Polícia – Marcos recorreu ao hospital local onde no pronto atendimento constatou-se que houve torção. Em seguida o vereador procurou a Delegacia de Polícia de Alto Garças onde foi lavrado Boletim de Ocorrência em função das ameaças praticadas por Fabio Agulhão.

Perguntado pelo PlantãoNews sobre o problema, Marcos do Lava Jato disse que na sessão procurou se defender das acusações e que sentiu atingida a sua honra. “Sempre trabalhei para sobreviver e se limpava beira de pista de rodovia era para ter o que comer. Tenho a herança de meu pai de trabalhar, não fiz e nunca farei falcatruas. Dei queixa na polícia por conta da ameça e acho que estou no meu direito” – desabafou Marcos, que requereu ainda Certidões Criminais onde mostra que não há nada a seu respeito.

O PlantãoNews ligou à tarde na Câmara a procura do vereador Fabio Agulhão, que não se encontrava. A servidora Glads forneceu o telefone do vereador (066 96xx20xx). Até o fechamento da reportagem foram feitas duas tentativas de contato mas informava estar fora da área de cobertura.

Outro caso - Fábio Agulhão já se envolveu em situação semelhante há cerca de dez anos quando também teria agredido um outro vereador, de nome Claudinei (o Nei) também após o término da sessão. Não há informação de registro policial ou judicial a respeito do caso.

Embates e Pacíficos - A conduta dos vereadores de Alto Garças sempre foi de discussão e embates sobre várias questões políticas e das administrações, através do uso da Tribuna. Contudo sempre buscam no final o equilíbrio e boa convivência, principalmente por conta dos mais antigos da Casa de leis que exploram ao máximo o diálogo. Muitas das vezes acalorados, mas sem agressões físicas. O caso gerou protestos de moradores através das Redes Sociais.