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Política MT
Quinta, 27 de novembro de 2014, 11h58

Sociedade não tolera mais práticas patrimonialistas, diz pesquisadora


As manifestações realizadas nas ruas de diversas cidades brasileiras no ano passado mostraram que a sociedade não tolera mais práticas patrimonialistas e oligárquicas. A opinião é da economista e cientista política Lucia Helena Salgado, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A pesquisadora abriu hoje a 8ª Jornada de Estudos de Regulação, realizada pela Uerj, pelo Ipea e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que neste ano discute formas de o governo regular setores estratégicos da sociedade, como o energético, o de transportes e o de saneamento, a fim de responder melhor às demandas da população. O evento segue até sexta-feira (28), no Palácio do Itamaraty, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

“A partir de junho [de 2013], a sociedade, ou parte dela, percebe que não é bem assim que as coisas devem acontecer. É um momento de consolidação democrática, em que uma parte significativa da sociedade toma consciência de que velhos problemas, como o caráter oligárquico e patrimonalista, se tornam intoleráveis”, disse Lucia Helena.

Segundo a professora, a sociedade passou a demandar que os impostos pagos por ela se transformem em “serviços bem prestados”. E acrescentou: “A sociedade quer mais, ela quer participar e não tolera mais as velhas práticas.”

Para o diretor de Estudos e Políticas de Estado do Ipea, Daniel Cerqueira, a ascensão de parcela importante da sociedade para a classe média demanda melhores serviços dos governos. “São novas demandas que surgem, novas necessidades, novas exigências”, disse o pesquisador. “A questão é como pensar em instrumentos para estimular investimentos, sem abrir mão da qualidade e de preços acessíveis para os consumidores. Isso passa pela necessidade cotidiano de o governo se reinventar.”

O diretor do Centro de Ciências Sociais da Uerj, Léo Ferreira, disse que o desafio do governo é atender às demandas sociais com o orçamento público disponível. “As demandas são muito grandes e os recursos escassos. Há a necessidade de se priorizar investimentos”, disse. 




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