Associando ao abandono do Hospital Central, MCCE critica Assembleia por construção de teatro

Prédio do Hospital Central abandonado a 800 metros da sede do novo Teatro do Assembleia. (Foto do teatro Widson Maradona)

Alberto Romeu
Redação PlantãoNews

"O papel da Assembleia Legislativa não é esse" - com a frase, Antônio Cavalcante Filho – o Ceará, um dos membros do MCCE (Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral) Comitê de Mato Grosso, criticou a construção do Teatro Cerrado Zulmira Canavarros, por parte do legislativo mato-grossense e que será inaugurado logo mais às 19h30. Ele considerou um descaso com a população o investimento na obra citando como exemplo o fato de que o Hospital Central do Estado está há décadas paralisado.

“Estamos falando de controle de gastos, de crise financeira e isso acontece logo agora” -, disse Ceará que participava da Audiência Pública promovida pelo governador eleito ele Pedro Taques (PDT), hoje pela manhã no auditório da Escola Presidente Médice, em Cuiabá. Na oportunidade, equipes do novo governo anunciaram um rombo nas contas públicas do Estado.

Ceará lembrou da obra de construção do Hospital Central de Cuiabá, paralisadas desde 1994, e localizadas a cerca de 800 metros do novo teatro da Assembleia. “É um disparate. O que tem a ver a Assembleia estar investindo em teatro? A Assembleia tem que estar investindo na qualificação de seus servidores para ajudar os deputados a fiscalizar a aplicação dos recursos público, contribuir com os deputados e fiscalizar os recursos públicos projetos” – questionou Antônio Cavalcante Filho. Disse, entretanto que a população precisa de espaços, e do teatro, mas essa seria uma obra da Secretaria de Cultura. Integra ainda no MCCE no Estado o advogado, Vilson Nery.

O “Teatro Cerrado - Zulmira Canavarros”, será inaugurado hoje a partir das 19h30. O prédio conta com 774 lugares, sendo 12 para obesos e 12 para cadeirantes, e estará entre os 70 maiores do país oferecendo 500 vagas de estacionamento. Dentre outros dados constam “a boca do palco terá 14 metros de largura, por 5,45 de altura e 11 metros de profundidade. O tablado do palco é elevado em 1 metro e 10 centímetros do chão, para se permitir apresentações de espetáculos de mágica. Todo o sistema de som e iluminação será controlado de forma automatizada, por mesas formadas com cabos de fibra ótica, num total de 150 pontos de luz.

A Assembleia Legislativa não informou o total de dinheiro gasto na construção do teatro. Sabe-se que estariam orçados em pelo menos R$ 25 milhões, incluindo obras e benfeitorias do prédio.

Matéria relacionada:
STF aceita ação penal contra Jayme Campos em obra superfaturada 561%