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Política MT
Quinta, 26 de março de 2015, 15h01

No Senado, ministro apresenta metas e pesca esportiva deve entrar no calendário mundial


Convidado para expor as diretrizes da Pasta à Comissão de Agricultura (CRA) do Senado, nesta quinta-feira (26.03), o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, foi questionado pelo senador Blairo Maggi quanto à prática da pesca profissional, que segundo o parlamentar, dificulta, por exemplo, a preservação de biomas como o Pantanal e algumas de suas espécies já em extinção. O ministro garantiu que um dos maiores objetivos é tornar a pesca esportiva parte do calendário oficial do Turismo no Brasil e no mundo.

"No 2º semestre desse ano, teremos uma ampla divulgação sobre a pesca esportiva, distribuindo uma enciclopédia com todo histórico existente no Brasil, para que estejam atrelados ao calendário nacional junto às Agências de Turismo. Já temos também, assinado um termo de cooperação técnica com o Ministério do Turismo (via Ministério do Esporte), para realizarmos no segundo semestre desse ano a 1ª etapa nacional de pesca esportiva, e em 2016, a partir do 2º semestre, a 1ª Copa Mundial de Pesca Esportiva", disse Barbalho.

O ministro assegurou ainda que, entre essas metas, está a de levar o País, em cinco anos, do 12º lugar na produção mundial em aquicultura para o 5º lugar. Hoje, a produção nacional é de 480 mil toneladas. A intenção é chegar a 2 milhões.

PISCICULTURA

O senador Blairo Maggi interviu junto ao ministro solicitando especial atenção à atividade pesqueira, que para ele, precisa de incentivos em toda sua cadeia produtiva, indo desde a construção do tanque até a industrialização do peixe.

"Devemos nos preocupar primeiro em estimular o pequeno produtor na construção de tanques, obviamente essa questão perpassa o custeio. E, a segunda, é a parte industrial, que muitos deles não querem se envolver. Nem sempre você consegue produzir e ser industrial e distribuidor, são coisas diferentes. Temos que disponibilizar recursos, financiamentos, já que estamos pensando numa cadeia produtiva. Isso abrirá um campo de interesse, alguém de fora, olhando o aumento da potencialidade desses tanques, aumento da oferta de peixes no futuro, possa se estabelecer como elo industrial, e é exatamente esse elo da cadeia que dará a tranquilidade e a segurança para quem está produzindo no campo que, no dia a dia, em que ele estiver fora da época de semana santa, conseguirá vender", relatou Maggi.

NA PRÁTICA

Enquanto governador de Mato Groso, Blairo realizou a experiência dos tanques nas pequenas propriedades fomentando a construção. Para o parlamentar, não há como desenvolver a atividade da aquicultura sem que os governos estaduais e municipais (apoiados pelo Federal) invistam na pequena propriedade.

Em Mato Grosso, o modelo adotado foi o dos Consórcios Intermunicipais, que receberam equipamentos do Governo - como a retroescavadeiras-, e os prefeitos que integram os consórcios, principalmente da região da Baixada Cuiabana, desenvolveram programas de piscicultura. Por isso, foi possível observar números de crescimento da produção.

Para o ministro, é preciso ter acoplados à essa cadeia a produção de ração, os entrepostos, os frigoríficos, todos os beneficiamentos necessários. "A nossa lógica é exatamente nesta identificação desses gargalos e, atrelar a nossa oferta de financiamento ao País", disse.

"Sabemos da grande dificuldade que é arrancar o setor da aquicultura e transformá-lo, como é a questão da bovinocultura, suinocultura no Brasil, que têm potencial muito grande de gerar riqueza e por isso tem papel importante no mercado internacional. Nós, de fato, temos que nos preocupar em como fazer para que essa atividade seja grande e importante economicamente", encerrou Maggi.

LINHA DE CRÉDITO

O Plano Safra da Pesca e Aquicultura é uma linha de crédito que financia projetos para aumentar a produção e gerar renda em todo o Brasil. Com taxas de juros reduzidas e prazos de carência maiores, beneficia pescadores profissionais, marisqueiras, aquicultores de peixes, camarões, ostras, mexilhões e vieiras, algas, peixes ornamentais, além dos agricultores familiares que desejem utilizar seus reservatórios no cultivo de peixe.

Foto: Agência Senado 




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