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A falta de interesse nesta área levou o desmantelamento do pouco já existente, como por exemplo, o fechamento da unidade "Adauto Botelho"
O deputado estadual Dr. Leonardo (PDT) requereu uma audiência pública para discutir sobre a saúde mental no âmbito de Mato Grosso. O debate pretende trazer a elaboração de um modelo de assistência em saúde mental, levando em conta a rede de atendimento existente e o melhoramento de sua eficiência. A audiência será realizada no dia 14 de setembro, no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa.
O parlamentar destaca que os ambulatórios de saúde mental, com acesso às unidades psiquiátricas, em hospitais gerais ou hospitais psiquiátricos, são indispensáveis para uma rede de tratamnto eficaz.
O deputado informou que a falta de interesse das autoridades nesta área levou ao desmantelamento do pouco já existente, como por exemplo, o fechamento do pronto atendimento do Centro Integrado de Assistência Psicossocial (CIAPS), Hospital Adauto Botelho, em Cuiabá, sucumbido pela falta de investimentos. Desde 2003, o Hospital Paulo Tarso, referência em saúde mental em Rondonópolis, vem sofrendo pela diminuição de repasses por parte do estado.
“Essa situação reflete a piora da qualidade dos serviços prestados e a recuperação dos pacientes que dependem de um atendimento especializado. Infelizmente, o descaso com a saúde em nosso estado tem refletido diretamente em todas as suas áreas especializadas, inclusive na saúde mental”, disse.
Os transtornos mentais são doenças crônicas altamente prevalentes no mundo e contribuem para morbidade, incapacidade e mortalidade precoces. A maior demanda observada hoje, e sem assistência adequada, é por atendimento secundário efetivo aos transtornos mentais de alta prevalência, os quais, em geral, têm bom potencial de resposta terapêutica. São eles: o primeiro episódio psicótico, as depressões, o transtorno afetivo bipolar, os transtornos de ansiedade, somatoformes e alimentares, e o abuso e a dependência de álcool e outras substâncias.
“Sabemos da importância de levarmos essa discussão à frente, a fim de buscarmos a conscientização dos nossos governantes para a melhoria desse segmento da área da saúde tão marginalizado. Não podemos ficar de braços cruzados a espera de soluções mágicas, nem colocar a culpa em gestores passados”, salientou Dr. Leonardo.
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