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De autoria do deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), as autarquias do Estado terão cargo para dar celeridade aos processos
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) cria a carreira de Procuradores Autárquicos no âmbito do Estado de Mato Grosso.
Foto: Marcos Lopes |
A PEC dispõe que a consultoria, o assessoramento jurídico e representação judicial de agência reguladora, fundações estaduais e das autarquias será exercida por Procuradores Autárquicos, organizados em carreira.
Com a promulgação da Emenda, a Carreira de Procurador Autárquico será regulamentada pelo Executivo, por Lei Complementar, que disporá as regras de transição, direitos e deveres de todos os servidores públicos, que atualmente, exercem a advocacia pública e representam em juízo os entes da administração indireta do Estado, ou que deles tenha sido exigido em edital de concurso para o ingresso na carreira, posse no cargo, ou ainda, para exercício da função pública a regular inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A PEC modifica o Dispositivo da Seção III do Capítulo IV e acrescenta Dispositivo à Seção I do Capítulo V, ambos do Título III da Constituição do Estado de Mato Grosso.
Com isso, a redação da PEC altera o texto em que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) pode ‘supervisionar técnica e juridicamente as consultorias, assessorias, departamentos jurídicos e demais órgão da administração direta (...) e da administração indireta, mas dos órgãos indiretos somente quando autorizados pelo Governador do Estado, mediante pedido fundamento a fim de atender o interesse público’, e também ‘opinar em todos os processos que impliquem alienação de bens do Estado, exceto as de terras devolutas’.
Para o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) a proposta desta PEC para criar a carreira de Procuradores Autárquicos visa dar maior celeridades aos processos públicos, principalmente aos que estão à cargo da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
“Queremos dar celeridade aos processos e não vincular tudo à PGE, que já tem sua atribuição gigantesca, e que permanecerá com a prerrogativa de buscar qualquer informação, dados, documentos nos órgãos indiretos. Mas queremos que as autarquias tenham sua própria procuradoria, não necessariamente queremos o cargo, mas sim o poder de realmente definir e representar estas autarquias”, destacou o deputado.
Conforme justificativa da PEC, a administração indireta é autônoma, contudo, sempre será vinculada e subordinada hierarquicamente ao Estado, pois deve atuar em prol dos interesses maiores deste, e sempre, atuará sob orientação de um Governo democraticamente eleito, seguindo suas diretrizes de plano de governo, utilizando-se das ferramentas de governança definidas na conformidade da lei.
“Justificada as alterações propostas também pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que já se manifestou no sentido de que o termo, “Procuradores”, contido na parte final do inciso XI do artigo 37 da Constituição brasileira deve ser interpretado de forma a alcançar os Procuradores Autárquicos, uma vez que estes se inserem no conceito de advocacia pública expresso na Constituição Federal”, conclui a justificativa.
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