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Política MT
Sexta, 26 de fevereiro de 2016, 15h39

PF pede prorrogação das prisões de João Santana e Mônica Moura


A Polícia Federal (PF) pediu hoje (26), em Curitiba, a prorrogação – por mais cinco dias - das prisões temporárias de João Santana, sua esposa, Mônica Moura, e também da funcionária da Odebrecht, Maria Lúcia Tavares. Os três foram presos durante a 23ª fase da Operação Lava Jato. O documento foi enviado ao juiz Federal Sérgio Moro.

 

Segundo a PF, um grande volume de material foi apreendido e uma análise preliminar demonstra a necessidade da prorrogação das prisões. “Devido ao grande volume de material apreendido, apenas uma análise preliminar foi passível de ser realizada até o presente momento. Ainda que preliminar, a análise do material, aliada às declarações coletadas em sede policial, permite demonstrar a necessidade de prorrogação da medida cautelar de prisão temporária em relação à parte dos investigados”, diz o pedido.

Segundo o documento enviado ao juiz Moro, a PF alega que, até o momento, a defesa de João Santana e sua esposa, Mônica Moura, não apresentou provas contrárias às alegações contra o casal.

“Assim, a defesa reduz os inúmeros indícios expostos nos presentes autos a meras especulações, mas até o presente momento, nada apresentou que possa fazer prova em contrário. Não há um contrato, uma invoice, um registro ou mesmo uma troca de e-mails ou qualquer indício, por menor que seja, apto a corroborar os fatos alegados pela de defesa de João Cerqueira de Santana Filho e Mônica Regina Cunha Moura”.

Planilha

Com relação à funcionária da Odebrecht Maria Lucia Tavares, o documento diz que ela foi responsável por elaborar uma planilha - “que veicula valores e siglas que, à luz de tudo quanto já foi levantado no curso da investigação policial, - indica o pagamento de vantagens indevidas pela Odebrecht” diz o texto. A planilha à qual a PF se refere foi encontrada em um e-mail de Fernando Migliaccio.

Ainda segundo o documento que embasa o pedido de prorrogação da prisão, a Polícia Federal diz, ainda, que os documentos encontrados na casa da funcionária mostram a atuação dela “no gerenciamento de contabilidade paralela do grupo Odebrecht, tal qual já sugeria a planilha encontrada no e-mail de Fernando Migliaccio”.

“Os documentos analisados não só demonstram que Maria Lúcia em algum grau gerenciava a contabilidade paralela da Odebrecht, destinada ao pagamento de vantagens indevidas, mas também que Maria Lúcia tem pleno conhecimento de que o codinome Feira – referido na planilha e também nas anotações de Marcelo Bahia Odebrecht – se refere ao casal João Santana e Mônica Moura, confirmando-se, assim, a interpretação já conferida ao codinome nos presentes autos”, afirma o texto.

Proibição

No pedido enviado ao juiz Sérgio Moro, a Polícia Federal pede também a aplicação de medida cautelar diversa da prisão para Benedicto Barbosa da Silva Junior e Vinicius Veiga Borin “a fim de que sejam proibidos de ausentar-se do país sem autorização prévia desse juízo federal”, diz o pedido.

A 23ª Fase da Operação Lava Jato foi denominada Acarajé em alusão ao termo utilizado por alguns investigados para nominar dinheiro em espécie. O objetivo das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares a partir de representação da autoridade policial, relacionadas a três grupos: um grupo empresarial responsável por pagamento de vantagens ilícitas; um operador de propina no âmbito da Petrobras; e um grupo recebedor, cuja participação fora confirmada com o recebimento de valores já identificados no exterior em valores que ultrapassam US$ 7 milhões.




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