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Política MT
Quinta, 05 de maio de 2016, 11h15

Zeca Viana pede mais humildade ao governo Taques e denuncia abandono de escolas


Zeca Viana (destaque) diz que já se passaram dois anos e as escolas não melhoraram.

Redação

Um dos principais articuladores e colaborador da então candidatura de Pedro Taques (ainda pelo pelo PDT) ao governo de Mato Grosso, o deputado Zeca Viana (PDT)-MT) pediu para o governador e seu secretariado ouvirem mais e serem mais humildes quando deputados criticam e fazem alerta sobre erros no governo, como no caso da educação. O parlamentar lamenta que o ano letivo já tenha começado com atraso por falta de carteiras e infraestrutura física precária nas escolas. E agora com as fraudes em licitação, haja eventual paralisação de obras nas escolas devido decisão do governo em não contratar empresas envolvidas em corrupção. 

“Espero que o governo Pedro Taques comece a governar e reveja suas práticas. Na campanha ele disse que combateria corrupção. Gente do governo foi alvo de corrupção, tramoia, esquemas na Seduc e operadores de fraude eram pessoas próximas e de confiança e ele não sabia nada?”, questiona Zeca Viana.

“É aquela história: quando o gato sai, os ratos fazem a festa. Eu sugiro para o governador viajar menos e governar mais”, afirma o deputado.

Zeca Viana detalha que o governador viajou semana passada ao exterior e nesta terça-feira estava em Brasília para uma reunião da Executiva Nacional do PSDB, cujo objetivo era definir apoio do partido ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), em caso do impedimento da presidente Dilma (PT). “O governo Pedro Taques está com síndrome de Lula e Dilma, de que não sabia da roubalheira de R$ 56 milhões no governo" - ironizou o parlamentar.

"O governador inclusive questionou isso sobre a Lava Jato no governo federal. Governador, [Pedro Taques] se atente às minhas denúncias na Justiça, porque as coisas já começaram a estourar”, completou o deputado pedetista ao comentar processos dele contra o governo na justiça estadual.

O parlamentar ainda diz que ainda bem que em Mato Grosso nem tudo está controlado com mão de ferro ou de acordo com o que o governo pensa, como afirmam nos bastidores sobre a Imprensa e as instituições da Justiça e o Ministério Público.

“Quero também parabenizar a Imprensa pela cobertura total e imparcial. Parabéns pela democracia de informar a população. E o Ministério Público está de parabéns. O governo não pode ser inquisidor com os inimigos políticos e bonzinho com os aliados. Eu incentivo que investiguem, pois o governador sempre foi a favor de investigação”, sugeriu Zeca Viana.

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público Estadual, desencadeou na terça-feira (3/5), a Operação Rêmora, com mandados de prisão, para recolher provas e investigar fraudes em licitações no valor de R$ 56 milhões na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), com envolvimento de servidores e empresários da construção.

A pasta era dirigida por Permínio Pinto (PSDB), que pediu exoneração do cargo ainda ontem. De três servidores envolvidos, um foi exonerado e outro afastado.

Escolas precárias

Zeca Viana afirma apoiar as investigações por elas serem necessárias para afastar da gestão pública “o câncer da corrupção”. Mas, lamenta que “já se passaram dois anos e estrutura das escolas não melhorou”.

“A corda arrebenta sempre para o lado dos mais fracos, que são os jovens que precisam estudar. O que me deixa chateado é que estamos ameaçados de perder o ano letivo. Com as eleições, os prazos são curto para administrar e fazer novas licitações”, avalia.

“Como é que vai ficar o ambiente de trabalho? Está precário. As escolas estão precárias, desumanas, como informei no Facebook sobre uma escola. E eu fico aqui pensando: as empresas envolvidas em corrupção não podem continuar a obra. E o governo não tem tempo hábil para licitar. E as empresas envolvidas nas fraudes não podem contratar com o governo”.




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