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Política MT
Segunda, 05 de dezembro de 2016, 18h39

Deputado cobra investigação de denúncia de caixa dois na campanha de Taques


O presidente do Diregional do Partido Democrático Trabalhista em Mato Grosso (PDT-MT), deputado estadual Zeca Viana, cobrou do Ministério Público a investigação da denúncia feita pelo empresário Giovani Guizardi sobre a prática de ‘caixa dois’ na campanha de Pedro Taques (PSDB) ao governo do Estado. A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Capital FM na manhã desta segunda-feira (5).

 

Deputado Zeca Viana: Doação de R$ 10 milhões deve ser apurada

“Eu sou uma daquelas pessoas que usa a crença de que ‘onde tem fumaça é porque há fogo’. Então, se tem uma denúncia, tem que ser apurada. E sendo apurada e constatando a veracidade dos fatos, é inaceitável e eu condeno a atitude do governador e quem quer que seja responsável. Eu não tenho aquela capacidade de jogar sujeira para debaixo do tapete, seja companheiro, seja adversário”, afirmou.

A denúncia de prática de caixa dois foi feita pelo empresário Giovani Guizardi em delação premiada ao Ministério Público Estadual (MPE). Conforme o documento, o empresário Alan Malouf teria doado R$ 10 milhões à campanha de Taques sem o devido registro legal, o que configura o ‘caixa dois’.

Na avaliação do deputado Zeca Viana, se for constatado que realmente houve a prática de caixa dois, o governador não pode declarar desconhecimento, pois controlava todo o trabalho que era realizado pela sua equipe de campanha.

“Se realmente existiu, eu não tenho dúvidas de que o governador Pedro Taques tinha conhecimento. Ele não era um cara isolado dentro da comissão de finanças e da cúpula organizadora da campanha dele, ele acompanhava tudo. Então, se realmente essas denúncias se confirmarem, ele realmente tem participação e é culpado disso”, disse.

Taques foi eleito ao governo do Estado pelo PDT, mas filiou-se ao PSDB cerca de seis meses após o começo do mandato. Apesar disso, o deputado garante que não tinha conhecimento porque não participou da campanha de Taques, pois Zeca tinha que se preocupar com sua própria campanha ao parlamento.

“Eu estava cuidando da minha campanha aqui em Primavera e na região, não fiz parte da comissão de campanha da coligação do Pedro Taques. Eu, como presidente do partido, não tive acesso nem às prestações de conta, nem nada. Quem fez foi a comissão de finanças, a comissão organizadora, junto com o atual secretário Paulo Taques, que era do jurídico. É um monte de gente que estava lá na coordenação. Eu não participava, por que estava cuidando da minha campanha”, explicou.

Apuração de suspeitas

Zeca também disse que se Taques ainda estivesse no PDT, haveria um processo do partido para apurar as suspeitas de caixa dois e tomar as providências cabíveis.

“Felizmente o governador Pedro Taques se sentiu desconfortável dentro do PDT e saiu, e saiu num tempo hábil, porque se ele estivesse dentro do PDT hoje, e com essas denúncias vindo à tona, eu não tenho dúvida que nós íamos reunir a Executiva e o Conselho de Ética do PDT para tomar as medidas cabíveis, porque é inaceitável dentro de um partido que prega muito a legalidade e a moralidade do serviço público”, argumentou.

Por fim, Zeca também cobrou a ampliação das investigações do Gaeco acerca das irregularidades cometidas na gestão estadual, a exemplo da ‘Operação Rêmora’, que desvendou a cobrança de propina na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O deputado disse que vem recebendo denúncias de corrupção em outras secretarias e afirmou que irá apresentá-las no momento oportuno, quando tiver reunido todas as provas.

“Hoje eu to vendo que não é só a Seduc que estava com esquema de corrupção, tem em outras secretarias. O pessoal tá relatando para mim, e eu estou levantando por intermédio de documentos. Nós temos problemas sérios, segundo informações que eu estou tendo, de participação de 10, 15 e até 20% em obras e contratos que estão sendo feitos no Estado”, pontuou.

“É uma vergonha, uma decepção para nós políticos. E é uma vergonha e uma decepção para o povo mato-grossense, que não quer mais saber disso e não quer ouvir isso. Nós temos que tirar a limpo e eu quero aqui pedir para que o Ministério Público e o Gaeco nos ajude a trazer à luz do dia essas denúncias que estão sendo feitas para que a gente realmente tire a máscara desses falsos moralistas. Porque se eu prego moralidade, eu tenho que ser honesto e correto. Não posso pregar moralidade e ser desonesto”, concluiu.




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