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Quinta, 01 de agosto de 2019, 16h03

Dr. Xavier consegue restauração de principal via de Barra do Pari


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Comunidade ribeirinha abriu as portas ao turismo após restaurar sua principal via de acesso entre os bairros Santa Amália e Santa Isabel. Desde a conclusão recente do serviços, pela Secretaria de Obras do município, Barra do Pari tornou-se parada obrigatória de centenas de visitantes, atraídos pela sua beleza rústica, clima diferenciado e a deliciosa gastronomia, à base de peixe.

Barra do Pari já não sofre mais com a buraqueira que existia ao longo da Rua Professora Tereza Lula Rodrigues, a principal da comunidade: a estratégica via de acesso passou por restauração recente, serviços executados pela Secretaria de Obras de Cuiabá, atendendo pedido do vereador Dr. Xavier, a quem os moradores recorreram no início de 2019. A partir daí, ele mobilizou esforços consecutivos para tornar realidade essa reivindicação comunitária. "Tive apoio do secretário Vanderlúcio Rodrigues (Obras), que sempre tem nos atendido com muita atenção", disse o parlamentar.

Por causa da quantidade de buracos que existia no trecho, Barra do Pari correu riscos de ficar isolada do restante da cidade, pois ambas as extremidades da Rua Professora Tereza Lula Rodrigues estavam quase intransitáveis, além do acúmulo de lixo e lamaçal (no período chuvoso) à entrada do bairro Santa Isabel, ambiente claramente insalubre.

Proprietário de um barzinho frontal a um pequeno campo de futebol, o nordestino Antônio Saraiva de Andrade, morador há décadas em Barra do Pari, afirma que adotou a singela comunidade como sua segunda terra natal. “Não temos mar em Barra do Pari, porém dispomos do Rio Cuiabá e de uma série de belezas” – garantiu. E apontou sorridente o caminho do rio nos fundos do seu quintal. “Basta descer alguns metros por ali e você já molha o pé...”

O barzinho de Antônio é um dos mais procurados pelos visitantes. A figura emblemática do comerciante consegue reunir grupo cativo aos sábados e domingos, dias de maior movimento turístico em Barra do Pari. “Cadê o caldo de mocotó, Antônio?” – cobram ao chegar.

O suculento caldo é preparado pela sua esposa, dona Maria Coelho de Souza. Orgulhosa, ela garante que a presença de tanta gente no barzinho é mais por causa dos caldos que prepara (feijão/mocotó). Detalhe: esta propaganda sorridente dos próprios quitutes não implica em fornecer a receita. “É segredo guardado a sete chaves. Podem vir provar meus caldos à vontade, sem problema. Agora, passar a receita eu não passo!” – diz categórica.

Atletas da região marcam presença no campo “Estrela”

O campo de futebol “Estrela” é outro atrativo de Barra do Pari: fica localizado à esquerda de quem transita no sentido Santa Amália/Barra do Pari, a cerca de 30 metros do início de acesso à comunidade. Uma pequena variante em curva conduz os visitantes ao concorrido espaço esportivo oficial do núcleo comunitário. O campo tem bom gramado, só não possui logística adequada a práticas de esportes (arquibancadas, vestiários, etc.). Tal ausência estrutural não chega a ser empecilho para os torcedores, espalhados em suas extremidades ou sob barracas de lona ou árvores.

“Creio que eles gostam do campo dessa forma, sem a estrutura convencional dos demais. É um campo utilizado por vários times da região. No final dos jogos, as equipes se juntam para comemorar o encontro. A rivalidade termina no ato do encerramento da partida, cedendo lugar a uma sadia confraternização entre amigos”, explica Hélio Campos, uma das figuras mais presentes em Barra do Pari.

Instituto Xavier - Por meio do ônibus odontológico do Instituto Xavier (Odontomóvel), projeto idealizado e operacionalizado pelo vereador Dr. Xavier, dezenas de pessoas foram atendidas gratuitamente na Barra do Pari durante o mês de maio. O grupo voluntário da entidade se deslocou à comunidade por três vezes, registrando serviços sociais gratuitos acima do número esperado.

"Temos esporte, rio, natureza... Mas muita coisa precisa ser melhorada em Barra do Pari”, observam moradores e visitantes. O autônomo José Saraiva, por exemplo, disse que Barra do Pari carece de assistência mais concreta por parte do Poder Público Municipal. “Quem visita Barra do Pari não quer mais sair. É um lugar simplório, delicioso para morar, passear...”

Ele sugeriu que o campinho de futebol da criançada (em frente ao bar do Antônio) receba melhorias necessárias, além de carros-pipa para arrefecer a poeira que começa a ser grave incômodo no período da seca, ao longo de sua principal rua. “O campinho é bom, é alternativa das crianças locais. Eles brincam assim mesmo, apesar da falta de grama, quase no cascalho vivo. Situação bem diferente do campo “Estrela”. Só que esse fica distante daqui, já na saída da comunidade. O conforto dos pais é poder vigiar seus filhos quase em frente a suas casas”.

Antônio Gonçalves (“Totó”), antigo líder local, aproveitou para enfatizar que Barra do Pari é uma comunidade atraente em vários sentidos, principalmente na área turística, e sendo assim merece ser assistida como qualquer bairro estruturado da capital. “Temos muita coisa que os outros não têm, mas ainda assim estão estruturalmente à frente de Barra do Pari. A restauração da Rua Professora Tereza Lula Rodrigues já provocou excelente avanço turístico, trouxe de volta quem não vinha mais aqui por causa dos buracos. Mais benefícios do tipo vão triplicar o movimento e trazer a estrutura que carecemos...”

Reivindicações básicas - Dona Maria Coelho de Souza salientou que Barra do Pari necessita também de creche. “Tem muitas crianças por aqui. E os pais precisam sair para trabalhar. Uma creche seria excelente para cuidar dessa meninada enquanto seus responsáveis labutam o pão...”

Outra reclamação local se prende ao número limitado de vagas para consulta nas unidades clínicas adjacentes, nos bairros Santa Isabel e Santa Amália. “Quem procura médico é porque precisa. Aí, a gente chega lá e dizem que as fichas acabaram, não tem vaga. Porque, se a pessoa estiver bem, com certeza não vai procurar”, observa Claudineide, palavras respaldadas pelo esposo Francinaldo.

Os comunitários ainda solicitam um ônibus circular na comunidade. “Nenhuma linha atende Barra do Pari. Temos que ir até o Santa Amália ou Santa Isabel para pegar ônibus” (115 é a linha mais utilizada), complementa a comunitária. 




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