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Terça, 22 de julho de 2014, 16h18

Juiz conversa com pais e professores


Elucidar e esclarecer o papel dos educadores e pais em uma sociedade que exige cada vez mais responsabilidade na formação dos cidadãos.

Estes foram alguns dos objetivos do juiz da Quarta Vara Criminal de Várzea Grande, Abel Balbino Guimarães, ao visitar a Escola Estadual Elisabeth Maria Bastos Mineiro, que fica no Bairro São Mateus em Várzea Grande. Ele proferiu palestra sobre indisciplina escolar. O pedido partiu da Diretoria da Escola. “A Justiça tem um papel muito importante em nossas vidas e a presença do magistrado em nossa escola reforça a necessidade de cobrarmos a disciplina e a responsabilidade de cada um para evitarmos problemas futuros”, disse a secretaria da escola, Carolina Marcólio, onde estudam 980 alunos com idades a partir dos 12 anos.

Utilizando citações do educador Paulo Freire o magistrado despertou a sensibilidade do grupo para o autoconhecimento. “Somos seres humanos, portanto, temos capacidades e competências. Devemos deixar de apresentar desculpas e agir. A maior responsabilidade na educação é da família, depois da escola, não podemos culpar o professor, o padre, se não fizermos nosso papel em casa”, destacou o juiz.

O magistrado demonstrou que a ausência ou desestrutura familiar quase sempre resulta em um adulto problemático, que trará trabalho à Justiça e custará caro. “Hoje o Estado gasta cerca de R$2 mil para manter um recuperando no sistema penitenciário e em média R$200,00 para a manutenção de um estudante. O que compensa mais? Em síntese, as palavras respeito e limite, são bem vindas. As crianças precisam disso. Para que vocês não se sintam tão culpados essa indisciplina que vemos não é exclusividade do Brasil. Outros países inclusive na Europa têm reclamado. A escola deve se organizar com o Conselho de Pais e lidar com esses problemas. Não podemos admitir que uma criança transforme a unidade escolar em outro ambiente”, enfatizou o juiz.

O representante dos pais no Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE), Juan Carlos Soares, observou o declínio escolar e salientou que no Brasil ele está mais acentuado.“Sou peruano e já morei no Chile e Argentina, além do Brasil, sempre participei da vida escolar de meus filhos e percebo que aqui a juventude tem mais regalias e diretos. Em minha época, minha mãe me apresentava a professora como minha segunda mãe. Estou muito preocupado como estamos conduzindo nosso processo escolar. Hoje mesmo não temos notas para avaliação dos alunos. Os professores assumiram outros papel e deixaram de ser educadores”, analisou.

Para a mãe de aluna Milzivan Teodoro de oliveira Lima a conversa foi uma grande oportunidade de participação dos pais na vida escolar de seus filhos. “Minha filha está aqui há dois anos esta é a primeira vez que participo de uma reunião. O juiz explicou bem de quem é a responsabilidade. Acho que os professores também podem ajudar mais. De qualquer jeito, gostei do que ouvi. Nosso bairro é muito carente e o juiz aqui, mostra nossa importância”, pontuou a mãe da aluna de 14 anos do nono ano. O juiz Abel Guimarães desenvolve o Projeto voluntário: A Justiça é a Esperança – É melhor prevenir do que remediar há mais de 25 anos em escolas públicas e municipais de Mato Grosso. 




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