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Polícias
Terça, 29 de julho de 2014, 18h49

Polícia Civil indicia empresário e servidores por desvio de dinheiro em Campo Novo dos Parecis


 

Um empresário de Cuiabá e dois ex-servidores da Prefeitura do município de Campo Novo dos Parecis (396 km a Noroeste) foram indiciados por desvio de parte do dinheiro da obra de construção de uma creche, na cidade.

As investigações da operação denominada "Minerva" - símbolo da engenharia -, iniciaram há 10 meses, com denúncia de desvio de dinheiro de obra pública.

O empresário Bartolomeu Alonso de Arruda, dono da Beta Empreendimentos, Construções e Serviços LTDA, foi indiciado por corrupção ativa e o ex-secretário de Infraestrutura de Campo Novos do Parecis, José Carlos de Musis e sua assessora, Marisa da Silva Thomas, por corrupção passiva.

O ex-secretário, que até o dia 5 de junho tinha vínculo com a Prefeitura de Campo Novo dos Parecis, e assessora dele, que também foi desligada do cargo, receberam juntos R$ 80 mil.

As investigações conduzidas pelo delegado Luiz Henrique Damasceno comprovaram três repasses aos servidores públicos, todos efetuados pelo dono da construtora. Conforme o delegado, um depósito de R$ 30 mil foi feito na conta da empresa Templo Locadora, de propriedade do irmão do então secretário. Outro depósito de R$ 25 mil entrou na conta corrente da assessora e um terceiro pagamento de R$ 25 mil, feito no ano de 2012, durante o período eleitoral.

Para encobrir o desvio da verba de construção da unidade escolar infantil, com custo previsto de R$ 902.014, 26 mil, iniciada em 2 de setembro de 2012 e término previsto para 2 de janeiro de 2013, os servidores em comum acordo com empresário desviaram materiais comprados pela Prefeitura destinados a outras obras no município, para a construção da creche, que devia ser toda executada com o recurso do Governo Federal e do município, pela construtora Beta Empreendimento, ganhadora da licitação.

"Os materiais não foram usados para os fins devidos e foram entregues na obra, que até agora não foi finalizada", disse o delegado. "O empresário deveria arcar com tudo e não usar material da Prefeitura como forma de justificar o repasse indevido", completou.

A obra de construção da creche foi paralisada durante as investigações e retomada recentemente após rescisão do contrato com a construtora de Cuiabá e nova licitação.


Em interrogatório, a assessora confirmou que recebeu o dinheiro a mando do secretário e que usou parte do valor para pagar um produtor de evento. Ela alega que não ficou com nenhuma parte dos R$ 25 mil depositados em sua conta bancária. No entanto, a Polícia Civil também confirmou que ao longo de dois anos a assessora teve R$ 240 mil movimentados na conta, fora os proventos que recebia como funcionária da Prefeitura.

O empresário, por meio de um representante, confirmou os depósitos. Ele disse que o recebimento dos materiais de construção foram na forma de empréstimo. Já o ex-secretário negou os fatos e declarou não ter nenhum tipo de relacionamento com o dono da construtora.

Segundo delegado Luiz Henrique esse é o terceiro inquérito envolvendo o ex-secretário e o segundo com a assessora, todos relacionados a obras públicas. Os casos já foram finalizados.

O inquérito policial da operação "Minerva" será enviado à Justiça nesta semana.

 




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