Sob pressão, Plaenge promete cobrir despesas emergenciais de moradores do Sunset Boulevar

Diretoria da construtora não permitiu entrada dos moradores no escritório da empresa em Cuiabá.

Alberto Romeu
Redação PlantãoNews

Após quase uma hora de conversa integrantes da comissão de moradores desalojados do edifício Sunset Boulevar saíram da reunião com a diretoria da Plaenge em Cuiabá com a responsabilidade de levantarem custos de despesas emergenciais (alimentação, hospedagem) para avaliação de pagamento por parte da construtora. A medida não agradou a comissão que reclamou do atendimento que receberam da empresa. Estavam presentes no ato cerca de cem pessoas do edifício que na terça-feira (14) sofreu um curto circuito e teve vários andares afetados. Eles saíram do prédio em carreata às 9h00, no bairro Araés, até a sede da construtora na rua São Sebastião, cerca de 3km. Outras questões relativas a indenizações serão tratadas posteriormente.

O edifício foi construído pela Plaenge Construtora e entregue em 2002. A garantia pelo imóvel se estenderia por cinco anos, entretanto a comissão aponta a responsabilidade para a construtora pelo fato de, que há cerca de dois meses realizou, por conta própria, troca da rede elétrica do prédio, onde ocorreu o curto circuito seguido de incêndio. Um morador disse que a conduta dos eletricistas era de amadorismo, dizendo que um deles puxava a fiação com força, sem qualquer cuidado.

O edifício tem 22 andares e 44 apartamentos todos ocupados. Graças a ação estratégica de soldados do Corpo de Bombeiros não houve feridos. Um bebê foi resgatado através de rapel descendo do 15º andar e, já na rua, foi atendido em uma tenda montada para primeiros socorros. Uma senhora de cerca de 70 anos foi socorrida por uma bolsa de resgate através de helicóptero. Vários bombeiros foram levados de helicóptero até a cobertura.

Os moradores disseram que estão conseguindo mais apoio e atenção de pessoas alheias que da própria construtora Plaenge. Denunciam que desde o ocorrido “sequer ligaram para saber se a gente estava vivo”, afirmou o advogado Huendel Rolim. Lavanderias, restaurantes e outras empresas tem sido solidárias com as vítimas.

Cliente lamenta forma de tratamento na porta da Plaenge em Cuiabá

Apesar de vários moradores se deslocarem até a empresa apenas três integrantes foram autorizados a entrar na sede da Plaenge em Cuiabá. Eles ficaram do lado de fora da empresa, na calçada, sem água ou qualquer atendimento. A moradora Nadia Bojikian lamentou o tratamento. “Na venda de tratam como um rei. Recebemos as chavesdo apartamento com um buquê de flores. Agora, nessa hora, não somos ninguém. Deixam a gente cozinhando no calor na calçada” – desabafou a moradora em pleno meio dia, sob um calor de pelo menos 39 graus em Cuiabá.